Dados obtidos pela BloombergNEF contam com a expectativa de que as fontes fotovoltaica e eólica irão constituir 74% da produção do país
Segundo nova pesquisa da BloombergNEF, a China poderá alcançar 4.2 terawatts (TW) de geração solar até 2050, sendo motivada pela meta de neutralidade de carbono. O estudo também prevê que a energia eólica e fotovoltaica sejam responsáveis por 74% da produção do país, demandando um investimento de US$ 6,4 trilhões para os próximos trinta anos.
Outra expectativa observada no relatório Descarbonização Acelerada é a de que, em 2050, a eletricidade responderá por 53% do consumo final de energia do território chinês. Dessa amostra, 92% será abastecida por meio de fontes renováveis, tais quais a energia solar e eólica com turbinas a gás movidas por hidrogênio, mantendo o sistema estável.
“Não só é possível, como pode gerar crescimento econômico de alta qualidade e prosperidade”, disse Ailun Yang, diretora de iniciativas internacionais climáticas e ambientais da Bloomberg Philanthropies, referindo-se à transição chinesa para a economia de baixo carbono.
Em setembro, após a China ter firmado compromisso para chegar ao pico de emissões de gás carbônico em 2030 e à neutralidade de carbono antes de 2060, a BNEF relatou que, apesar do país ainda não ter conhecimento do projeto que visa alcançar essas metas, ele “certamente causará disrupção a economia de energia global”. Isso influenciou a Coreia do Sul e o Japão a levantarem compromissos parecidos.
Além disso, a pesquisa mostra que a trajetória da busca pela neutralidade de carbono não será uma ação pequena. Isso porque, na China, tanto a procura de energia quanto a sua emissão estão avançando. Esse crescimento exige que os preços sejam sinalizados de maneira correta, aproximando e diversificando investidores, e que novos desenhos de mercado estimulem o rendimento das políticas de transição.
“A China deveria continuar a fazer progressos em reformas do mercado de energia para criar condições que conduzam a investimentos em renováveis, substituindo a geração a carvão por alternativas limpas e inovadoras”, destacou Yvonne Yujing Liu, analista sênior da BloombergNEF.
Assim como fez com a indústria fotovoltaica, de baterias e de veículos elétricos, o país tem a chance de utilizar o seu próprio mercado doméstico, uma vez que as indústrias eólica e solar se encontram bem definidas. Com isso, a China poderá protagonizar áreas como eletrolisadores para a produção de hidrogênio.
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