Transição energética do governo alemão prevê o desligamento total das termelétricas de combustíveis fósseis até 2038
A Alemanha pretende eliminar de vez todas as usinas termelétricas movidas a carvão. Um comitê nomeado pelo próprio governo alemão acaba de divulgar um documento que recomenda o encerramento até 2038 de todos os empreendimentos de geração de eletricidade à partir de combustíveis fósseis.
A proposta do governo alemão é substituir as usinas termelétricas a carvão por empreendimentos de energias renováveis, sobretudo a solar fotovoltaica. A iniciativa é como parte dos esforços da Alemanha no combate às mudanças climáticas no mundo.
O acordo, firmado entre o comitê alemão e a chamada “Comissão do Carvão”, foi assinado esta semana, após longos meses de negociação. As disputas foram acompanhadas de perto pelos demais países europeus que também dependem, em parte, do carvão para abastecimento energético. A decisão, porém, ainda precisa de aprovação oficial do governo alemão.
Embora a Alemanha seja o quarto país no mundo que mais gera energia solar, atualmente um terço de toda a eletricidade no território alemão é proveniente da queima de carvão, gerando grandes quantidades de gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global.
Composto 28 membros, o comitê nomeado pelo governo alemão para discutir a diversificação da matriz elétrica à partir de fontes limpas possui representantes de mineradoras de carvão, de empresas de energia elétrica, de cientistas e de ambientalistas. Autoridades, no entanto, já sugerem uma revisão em 2032 no acordo, que poderia antecipar o prazo para 2035.
O plano na Alemanha prevê que as usinas de carvão sejam desligadas de maneira escalonada, justamente para reduzir a produção de gases de efeito estufa. Atualmente, essas termelétricas produzem maior volume de dióxido de carbono que qualquer outro país da Europa.
Bilhões de euros em fundos federais também estão previstos para ajudar as regiões afetadas a lidar com o impacto econômico e para proteger a indústria e os consumidores. O plano sugere que, nos próximos dez anos, o governo ajude a criar até 5 mil novos empregos nas regiões afetadas, quando a mineração de carvão será extinta. Essas regiões, que inclui Brandemburgo e Saxônia, também deverão receber subsídios federais no total de 40 milhões de euros nos próximos vinte anos.
O comprometimento alemão com a transição energética para fontes renováveis, sobretudo a solar e a eólica, fez com que, pela primeira vez no país, a geração de energia limpa superasse a produção das usinas a carvão, marca obtida no ano passado.
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