Consumo de eletricidade limpa aumentou 9% em relação a 2018, ao mesmo tempo em que o carvão caiu mais de 20%
Quase metade da energia consumida na Alemanha (46%) em 2019 veio das energias renováveis, computando 9% a mais do que no ano anterior. Com esse resultado, o país registra um marco histórico no consumo destas energias limpas, ao passo que o uso de carvão caiu mais de 20%. Apesar disso, o país pode não alcançar metas climáticas de 2020 balizadas na promessa de reduzir as emissões de CO2 em 40%, em relação a 1990.
Segundo estimativa preliminar do AGEB – Grupo de Trabalho de Balanços Energéticos, até 2019 a redução das emissões carbônicas foi de 35%. O tráfego na Alemanha é um dos motivos para o risco de o país não alcançar a promessa feita pela chanceler federal Angela Merkel. De acordo com a AGEB, as vendas de diesel, gasolina e querosene continuaram a aumentar em 2019.
Por outro lado, uma análise do Instituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar ISE aponta que a participação de energias renováveis no mix energético alemão foi em média de 46%, chegando até a 65%, em diversos dias.
Em 2019, os ventos foram a favor do país, produzindo mais energia eólica, tornando o carvão menos interessante principalmente por sofrer um aumento de preço dos certificados de CO2, de uma média de 16 euros por tonelada para 25 euros em 2019. Dessa maneira, se comparado com o ano anterior, a participação na Alemanha da eletricidade proveniente do linhito (carvão de superfície) caiu 22% e do carvão de pedra, 33%.
Além disso, por emitirem menos dióxido de carbono, as usinas a gás tornaram-se mais lucrativa para os fornecedores da Alemanha e do exterior. Esses efeitos, na avaliação inicial do AG Energiebilanzen (Grupo de Trabalho de Balanços Energéticos – AGEB), foram responsáveis pela redução das emissões de CO2 na Alemanha em 50 milhões de toneladas, ou 7%, em relação ao ano anterior.
Saiba mais: Usina Solar
O país estabeleceu uma política de preços para quem emitir muito dióxido de carbono ou material particulado no trânsito. Para o diesel, gasolina e gás natural, o preço fixado pelo governo alemão de 25 euros por tonelada de CO2 a partir de 2021 e um aumento gradual para 55 euros até 2025.
A porta-voz do Greenpeace Tina Löeffelbein acredita que a Alemanha ainda poderá alcançar a prometida redução de emissões em 2020, se houver uma “reversão maciça” de sua política. `A chave decisiva é a desistência consequente do particularmente poluente carvão de superfície”, friza.
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