País quer produzir 18% do consumo total de energia com fontes limpas até o final do ano
Em março deste ano, a Alemanha registrou uma alta na produção de energia solar que, somada à eólica em fevereiro, fez com que o país tivesse um aumento de 50% na geração de eletricidade renovável. Se comparado ao mesmo período de 2019, houve um crescimento de cerca de 44%.
Desta forma, o país segue em busca de uma de suas grandes metas, que é ter mais fontes limpas este ano, apesar de toda a situação mundial que se vive atualmente e que pode desacelerar a expansão da energia renovável.
O país tem como objetivo produzir 18% de seu consumo total de energia com energias renováveis até o final do ano. De acordo com o ministro da Economia, Peter Altmaier, essa meta está ao alcance.
Apesar dessa boa notícia, o BDEW – organização empresarial alemã para o setor de energia e água – informou que ainda é muito cedo para projetar se os números vão se manter nesse crescimento, apesar de o desempenho das energias renováveis se mostrar muito encorajador.
Kerstin Andreae, chefe do BDEW, informou em comunicado que essa situação se trata apenas de um momento e de eventos esporádicos. Além disso, observou que o resultado obtido ocorreu também devido a várias mudanças políticas, como o desligamento de usinas nucleares e de carvão, desativadas no final do ano passado.
No primeiro trimestre deste ano, o país usou um total de 148 bilhões de quilowatts-hora (kWh) de eletricidade, uma queda de cerca de 2% em relação ao mesmo período de 2019 (151 bilhões de kWh). As energias renováveis representam 51,9% desse total.
Quanto ao momento de covid-19 que o mundo está atualmente passando, o chefe do BDEW afirmou que a energia renovável deveria ser incluída nas questões políticas em resposta a essa situação. Para ele, é necessário que novos investimentos sejam realizados para expandir as energias renováveis para garantir que, num futuro, possa existir o acesso a elas.
Isto porque especialistas preveem que a pandemia causará uma enorme queda na economia e menores emissões de carbono na Alemanha. Se não fosse a atual crise, a Alemanha conseguiria cumprir ou até superar a meta estipulada para este ano em relação à redução das emissões de carbono em 40% abaixo dos níveis de 1990.
A Alemanha é um dos líderes mundiais na instalação de energia solar. Este mercado tem crescido muito devido à criação de uma tarifa regulada para a produção de energia renovável, que foi introduzida pela “German Renewable Energy Act“, lei publicada no ano 2000. Desde essa época, o custo das instalações fotovoltaicas tem descido mais de 50% em cinco anos, desde 2006.
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