Investimento em energia solar, como o Programa Mais Luz para a Amazônia, é um dos focos do banco
Por Cristiane Pinheiro
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiu a marca de R$ 100 bilhões em recursos movimentados em apoio a empresas durante a pandemia. Durante o anúncio pelo presidente do banco, Gustavo Montezano, no programa Voz do Brasil, no final de outubro, ele comentou que um de seus principais investimentos é focado em promover impactos social e ambiental, seja em energia elétrica, agronegócio e concessões.
Segundo Montezano, um exemplo ocorre principalmente nas regiões Norte e Nordeste com a captação de recursos para financiar o Programa Mais Luz para a Amazônia. O objetivo do projeto é levar energia renovável, especialmente de fonte solar, a 82 mil famílias em áreas remotas da região.
“Além disso, desde o início da pandemia, o BNDES colaborou em medidas do governo para diminuir os impactos do novo coronavírus, como o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, destacou.
Foram repassados até agosto R$ 20 bilhões para o FGTS. Isso permitiu que pessoas físicas fizessem os saques emergenciais e pudessem destinar parte dos recursos ao consumo, de modo a ajudar a retomada da economia e a dar fôlego aos pequenos negócios.
Em setembro, o BNDES lançou a nova linha Crédito e Serviços 4.0, que vai financiar serviços tecnológicos avançados e os chamados intangíveis, em especial voltados para a pequena e média empresa. A nova linha visa a modernização das empresas, estimulando a transformação digital e adoção de tecnologias 4.0.
O banco prioriza ações ambientais e sociais e dentro desse gama está incluída a energia solar. Em setembro, um levantamento feito pelo BNDES para uma reportagem do Portal Solar indicou que a carteira de 2020 de projetos solares em análise e em perspectiva no banco soma aproximadamente 1 GW, com investimentos totais entre R$ 3 e R$ 4 bilhões.
Com a iniciativa, o banco quer ampliar aportes para a participação de projetos com energia solar. No ano passado, o desembolso para projetos do setor foi de R$ 636 milhões. Segundo o banco de fomento, o total desembolsado para o segmento desde 2017 foi de R$ 1,765 bilhões.
“A energia solar é uma fonte de grande importância para o BNDES em sua estratégia. O Plano Trienal 2020-2022 do banco prevê como entrega para o setor de energia o aumento da capacidade instalada de energias renováveis em 2,0 GW até 2022. Parte relevante deste resultado deverá ser advindo da fonte solar, que é, junto com a fonte eólica, um dos principais vetores da expansão do parque gerador de energia elétrica brasileiro”, diz a instituição.
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