Segundo a companhia, nova linha de produção é destinada a atender os chassis de ônibus 100% elétricos
Por Ricardo Casarin
A BYD iniciou as operações da primeira fábrica de baterias de fosfato ferro-lítio no Brasil. De acordo com a companhia, a linha de produção, localizada no Polo Industrial de Manaus (PIM), será dedicada à fabricação de baterias de fosfato de ferro-lítio (LiFePO4), inicialmente voltada para os chassis de ônibus 100% elétricos, fabricados na planta da empresa em Campinas (SP).
Com um investimento de R$ 15 milhões, a fábrica, instalada em uma área de 5 mil metros quadrados, tem capacidade de produção de até 1 mil baterias por ano. A quantidade inicial projetada para ser entregue até novembro é de 272 baterias de fosfato de ferro-lítio. A BYD afirma que a planta comporta novas linhas, permitindo uma possível expansão da produção no futuro.
“Com o nosso investimento, também poderemos fazer parcerias com empresas interessadas em potencializar a eletrificação de seus equipamentos. A nossa proposta é popularizar e facilitar a eletrificação da mobilidade e de equipamentos no país”, avalia o presidente BYD Brasil, Tyler Li.
“Estamos produzindo uma margem de 28 baterias a cada dois dias. É muito rápida e técnica a operação, já que temos aqui em Manaus toda uma infraestrutura montada e robotizada para entregar as baterias com maior rapidez e mais segurança”, acrescenta o executivo.
A companhia informou que a cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, será a primeira a ser beneficiada com as baterias produzidas no Brasil. Ao todo, a BYD vai fornecer 12 ônibus articulados de 22 metros para o município, conforme acordo assinado em abril. Os veículos serão utilizados em um corredor sustentável e devem ser entregues até outubro de 2021.
A fábrica de baterias é a terceira unidade fabril da empresa no Brasil. Além da planta de montagem de chassis de ônibus elétricos, a companhia produz painéis solares também em Campinas.
Recentemente, a BYD inaugurou na mesma cidade sua primeira usina fotovoltaica voltada exclusivamente para pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil. Com um investimento de R$ 7 milhões em equipamentos, a unidade foi construída dentro do conceito da indústria 4.0, em parceria com o grupo Royal FIC e o Instituto Eldorado.
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