Carteira de empreendimentos fotovoltaicos no ano soma aproximadamente 1 GW, com investimentos totais entre R$ 3 e R$ 4 bilhões
De Brasília
Levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a pedido do Portal Solar indica que a carteira de 2020 de projetos solares em análise e em perspectiva no banco soma aproximadamente 1 GW, com investimentos totais entre R$ 3 e R$ 4 bilhões.
A medida faz parte da estratégia de ampliar aportes para a participação de projetos com energia solar. No ano passado, o desembolso para projetos do setor foi de R$ 636 milhões. Segundo o banco de fomento, o total desembolsado para o segmento desde 2017 foi de R$ 1,765 bilhões.
“A energia solar é uma fonte de grande importância para o BNDES em sua estratégia. O Plano Trienal 2020-2022 do banco prevê como entrega para o setor de energia o aumento da capacidade instalada de energias renováveis em 2,0 GW até 2022. Parte relevante deste resultado deverá ser advindo da fonte solar, que é, junto com a fonte eólica, um dos principais vetores da expansão do parque gerador de energia elétrica brasileiro”, diz a instituição.
Entre os produtos ofertados para esse segmento, o BNDES dispõe ainda de duas linhas para financiamento de sistemas geradores fotovoltaicos (geração de energia solar) e serviços de instalação: o Fundo Clima – Subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes (temporariamente suspenso em razão do comprometimento dos recursos disponíveis) e o BNDES Finame Energia Renovável.
Apesar de disponibilizar os recursos, a modalidade de crédito é indireta, ou seja, a solicitação das linhas é realizada por meio dos agentes financeiros credenciados, sendo que o subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes do Fundo Clima está restrito aos bancos públicos.
Segundo o banco, a carteira do Fundo Clima somou R$ 125,5 milhões em 2019 e alcançou a marca R$ 64,5 milhões até julho de 2020. Já no caso do BNDES Finame Energia Renovável, no ano passado, a carteira somou R$ 10,7 milhões. Neste ano, também até julho, foram disponibilizados R$ 5,1 milhões.
Em 2018, o BNDES aprovou mudanças no programa Fundo Clima permitindo que pessoas físicas passassem a ter acesso a financiamentos para a instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração.
Segundo o banco, até julho de 2020, o apoio direcionado para pessoas físicas foi de R$ 81 milhões de desembolsos (41% do total), de R$ 83 milhões em aprovações (39% do total) para 567 operações aprovadas (69% do total).
“Considerando que os desembolsos para pessoas físicas foram de R$ 81 milhões no período supracitado e que a participação do BNDES nos projetos é de até 80% dos itens financiáveis, podemos inferir que o total de investimentos gerados na economia por esse segmento foi em torno de R$ 101 milhões”, explicou o banco.
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