Volume de exportação em fevereiro foi de cerca de 2,83 GW e, na comparação anual, houve queda de 30%
De São Paulo
As exportações chinesas de equipamentos e componentes de energia solar registraram queda de 57% em fevereiro em relação ao mês anterior, de acordo com os últimos dados apresentados pela indústria local. A queda é resultado da extensão do feriado de ano-novo e das restrições de transporte e fabricação de módulos em função da crise do coronavírus.
O volume de exportação de fevereiro foi de cerca de 2,83 GW e, na comparação anual, houve queda de 30%. Maior produtor global do setor, a China tem seu mercado dominado por um número pequeno de fabricantes, como a JinkoSolar, JA Solar e a Trina Solar. O volume de embarques das dez maiores companhias respondeu por 83% do total do país no período, cerca de 2,35 GW.
Recentemente, na divulgação dos resultados financeiros do ano passado, a JinkoSolar apontou que a crise causada pela epidemia gerou um adiamento de 400 MW a 500 MW de embarques de módulos do primeiro para o segundo trimestre de 2020. A companhia também destacou que a utilização da capacidade instalada de suas fábricas retornou a 100%.
Em janeiro, já em meio a epidemia do coronavírus, a exportação de componentes havia apresentado leve crescimento mensal, mas uma queda de 35% na comparação anual. No período, foram totalizados 4,45 GW embarcados, contra 6 GW em janeiro de 2019.
O surto inicial do coronavírus ocorreu na província de Hubei, um importante centro industrial que abriga diversas fabricantes do setor fotovoltaico. O esforço em conter a propagação da epidemia causou interrupções na cadeia de fornecimento e levou a redução de estoques na China. Os principais mercados de energia solar do mundo ainda avaliam os impactos da crise.
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