Instituto Desperta Brasil deverá reformar imóveis e adaptá-los para a construção do centro hospitalar
O primeiro hospital do câncer voltado ao atendimento de crianças e adolescentes da Baixada Santista deverá ser instalado na Cidade da Criança, em Praia Grande. O projeto é fruto de uma parceria da entidade, fundada em 1960, com apoio de empresários e beneméritos da Baixada Santista, com o Instituto Desperta Brasil e vem sendo discutida desde março.
O projeto está programado para ser sustentável com energia solar, reservatório para águas pluviais, sistema de tratamento de esgoto com biogestor, estação de recarga para veículos elétricos e integração com a comunidade local. Tudo vai contribuir com o meio ambiente e ainda gerar economia significativa à entidade.
“Aguardamos uma carta de intenções para aprovação da diretoria”, afirma a presidente da entidade, Cláudia Lima, acreditando que o hospital alavancar a Cidade da Criança. No acordo, a instituição se compromete a ceder uma área de 1.400 metros quadrados por 30 anos, renováveis por mais 30, em comodato. O projeto custará R$ 4,7 milhões.
A presidente afirma que, com esse aporte, a Cidade da Criança pode ser completamente reconstruída e desenvolver uma série de projetos de acolhimento a crianças (sua principal vocação) e à família, visando geração de renda e emprego. “Se somente um investidor acreditar na entidade, já temos o projeto arquitetônico ecológico para revitalização”, completa.
Segundo a presidente, a entidade já vem apresentando dificuldades para sobreviver nas últimas décadas. A Cidade da Criança chegou a ser considerada pela Unesco referência internacional no atendimento a adolescentes na década de 70, mas acabou perdendo o principal objetivo e entrando em decadência física. São 600 mil metros quadrados (200 de área ocupada e 400 de área preservada) praticamente ociosos.
“Muitos imóveis da Cidade da Criança poderão ser reestruturados e transformados em sede de grandes projetos. A nossa diretoria está buscando parceiros e assim que o hospital começar a funcionar eles vão chegar”, revela.
A área da Cidade da Criança, conforme destaca a direção da Associação, é privada e o proprietário proíbe que o objeto da entidade (assistência à criança) seja mudado. Conforme a escritura de doação, de 27 de julho de 1960, o imóvel não pode ser vendido, permutado, onerado e nem arrendado.
Diante disso, caso a finalidade não seja cumprida ou abandonada, a área volta aos doadores ou sucessores. A decretação de utilidade pública também não pode ser suspensa.
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