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Disponibilidade de baterias de lítio é um dos maiores gargalos para desenvolvimento de projetos de a

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Segundo pesquisador da UFSC, embora o mercado nacional esteja aquecido, acesso aos equipamentos ainda depende de importação 

Por Ricardo Casarin

A disponibilidade de baterias de lítio no mercado brasileiro é um dos maiores gargalos para o desenvolvimento de projetos de armazenamento de energia, aponta o professor e coordenador do laboratório de energia fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Ricardo Rüther. A instituição conduz um estudo sobre o uso de baterias de veículos elétricos nesse tipo de aplicação.

“Atualmente, um dos maiores gargalos para avançar nos projetos é a disponibilidade de baterias de lítio no mercado. O setor está muito aquecido, com os preços caindo na mesma taxa que ocorreu com a geração fotovoltaica nos últimos dez anos”, disse, durante o terceiro episódio do programa Absolar Inside.

De acordo com o pesquisador, um problema adicional é o fato de as baterias serem importadas. “Temos dificuldades de atender o prazo de projetos por essa razão. Os preços aqui no Brasil, em função da variação cambial mais recente, também são um problema. Com dólar nas alturas, os projetos que tiverem orçamento fechado anteriormente se tornaram inviáveis.”

Em relação a ausência de regulamentação para sistemas de armazenamento no Brasil, Rüther avalia que os projetos de pesquisa e desenvolvimento contribuem para a construção desse processo. Ele detalhou que o laboratório da UFSC conduz um estudo sobre sistemas de armazenamento reutilizando baterias do Nissan Leaf, um veículo cem por cento elétrico.

“Temos uma expectativa de cerca de 15 Gwh-ano disponíveis para segunda vida a partir de 2025 e mais de 100 GWh-ano em 2030. Essas baterias são reconfiguradas para uso estacionário após ter sua capacidade reduzida para o funcionamento no veículo elétrico. Mas suas características elétricas ainda são plenas e podem muito bem ser utilizadas em uma segunda vida nessa nova aplicação”, explicou o professor. A pesquisa é fruto de uma parceria com a Nissan, firmada em 2018.

No mesmo programa, o diretor da Greener, Marcio Takata, afirmou que os sistemas de armazenamento de energia e veículos elétricos farão parte de um conjunto de recursos energéticos distribuídos. “Essa é uma grande tendência e já é uma realidade em muitas localidades, aproveitar essa oportunidade de utilizar a energia armazenada no veículo para beneficiar a rede.”

“Isso ainda depende de uma regulação para gerar um sinal econômico de incentivo. Mas sem dúvida, será uma aplicação bastante presente.” Takata também destacou o uso conjunto da fonte solar com o armazenamento. “Isso faz com que o benefício seja mais amplo ainda. Acredito nesses tipos de aplicações, que trazem diferentes vantagens para o consumidor e para o sistema de distribuição.”


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