Com novo sistema formado por baterias e energia solar, equipamentos de climatização que hoje representam a maior parte da conta de luz poderão, futuramente, gastar o mesmo que um simples refrigerador
Uma equipe de empreendedores brasileira criou uma tecnologia que permite o funcionamento eficiente de sistemas de refrigeração e ar condicionado, a partir da aplicação de baterias e de energia solar. Com a nova tecnologia, os equipamentos de climatização que hoje representam a maior parte da conta de luz poderão, futuramente, gastar o mesmo que um simples refrigerador.
Liderada pelo eletrotécnico Dorival Benedetti, a equipe por trás desse projeto é composta ainda por Hebert Rodrigues Ventura, formado na área de logística, mas que também lida com refrigeração e inversores, e pelo economista João Galdino de Medeiros, responsável pela parte burocrática do negócio, atuando, por exemplo, na renovação constante da patente de inovação depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Na prática, a tecnologia, ainda sem nome comercial, atua diretamente no sistema elétrico de compressores dos aparelhos de ar condicionado e de refrigeração domésticos, podendo ser utilizada em corrente contínua e alternada e com energia renovável, como a solar.
Os equipamentos já passaram por testes rigorosos. Segundo Hebert Rodrigues Ventura, ao longo de cinco meses, os equipamentos adaptados foram testados em laboratórios certificados, realizando todas as medições elétricas, de segurança e durabilidade.
Ele explica que a tecnologia é capaz de reduzir em 60% o consumo energético dos aparelhos, sem que eles percam a eficiência e permitindo o funcionamento em 12/24 volts, em 127 v ou 220 v – do mesmo aparelho – e até mesmo na energia solar.
“Utilizando uma estrutura mínima dotada de duas placas e duas baterias de 100 Ah, é possível obter grande autonomia. Além disso, não será preciso fazer qualquer mudança na rotina nos processos de limpeza dos equipamentos”, explica Ventura.
Agora, com a comprovação técnica do funcionamento da tecnologia, os responsáveis por seu desenvolvimento procuram investidores capazes de financiar a produção das peças ou fabricantes dispostos a essa produção. Os desenvolvedores também não descartam ceder a tecnologia em troca de royalties.
“Criamos um novo cenário para o mercado do frio, que possibilitará a mais pessoas adquirir equipamentos de ar condicionado e refrigeração, sem a preocupação de estourar o orçamento devido à alta conta de luz, especialmente no verão”, complementa o inventor Dorival Benedetti.
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