Iniciativa organizada pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha tem como foco o segmento da agroindústria
A Câmara de Comércio Brasil Alemanha acaba de reunir quatro empresas que formaram um consórcio, cujo principal objetivo será viabilizar infraestrutura para energia eólica e solar, além de geradores e armazenamento, pelos próximos 30 anos, para o segmento da agroindústria. Um dos grandes objetivos é diminuir custos com combustível fóssil, reduzindo o gasto de água utilizada para gerar energia. Esse mesmo estilo de consórcio já é usado em países como Inglaterra, França, África do Sul e Colômbia.
Cada empresa será responsável por uma especialidade. “A agroindústria tem um algo custo com o gasto de água. Por outro lado, o Brasil tem uma condição climática favorável, por isso estamos apostando neste segmento”, afirma Liliana Barrera, gerente da Skytron, uma das empresas participantes do consórcio.
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Além da redução de custos, o consórcio tem entre seus objetivos auxiliar o cliente brasileiro na aquisição de crédito e pagamento de menos impostos. “Ainda não temos o valor dos serviços que serão cobrados, porque ainda é difícil quantificar esse valor, tudo vai depender do tamanho da área em que iremos instalar a infraestrutura, mas ajudaremos o cliente brasileiro na aquisição de créditos para viabilizar a obra”, comentou Liliana.
Para quem tiver interesse em ter mais informações, deve entrar em contato com a Câmera Brasil Alemanha, já apresentando propostas com a viabilidade do consórcio.
No Brasil, ainda estamos às voltas da consulta pública na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A primeira iniciativa ocorreu entre junho e agosto do ano passado, com o objetivo de levantar subsídios para elaboras a proposta de Resolução Normativa sobre o estabelecimento de usinas híbridas e/ou associadas. Até 30 de junho deste ano, está prevista para ser aberta uma nova consulta pública pela Aneel com aprovação final da nova norma até dezembro deste ano.
A consulta pública tem por objetivo reunir informações para preparar a elaboração de proposta da normatização sobre o estabelecimento de usinas híbridas, abordando definição dos termos técnicos, classificação, possibilidades de comercialização da energia gerada e critérios para outorga e operação das usinas.
O termo “híbridas” é usado para caracterizar a combinação de duas ou mais fontes, as quais se complementam para a produção de energia elétrica de forma mais confiável e constante.
Se hoje cada usina em separado necessita fazer o uso e a contratação das instalações de transmissão, a sinergia dos empreendimentos híbridos permite uma ocupação mais permanente da rede, o que pode resultar numa redução no custo final da energia. Vide o exemplo da fonte solar, que pode complementar os momentos de baixa geração eólica. É pensando nessa complementaridade que aparece a oportunidade do uso mais inteligente da capacidade das linhas de transmissão e distribuição com as usinas híbridas.
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