Instalação das minirredes ajudou a viabilizar a implantação de um projeto de hidrelétrica no norte do Brasil
A energia solar foi a alternativa de geração de energia elétrica para quatro comunidades que vivem às margens do Rio Jari, próximo ao município de Monte Dourado, no Pará. A ideia da instalação do sistema surgiu após a concessionária de energia EDP remover essas famílias para uma área dentro da floresta, para iniciar a construção da UHE Santo Antônio do Jari no local.
A EDP é a responsável pela obra e pelo reassentamento das comunidades, criando quatro vilas com toda a infraestrutura para fornecer energia elétrica para as famílias removidas. A instalação de quatro minirredes de energia solar (uma para cada comunidade) foi projetada e implementada pela empresa SS Solar. Já a nova usina hidrelétrica fornece eletricidade às comunidades, que consomem 760 kWh/dia.
Atualmente, existe um sistema que utiliza diesel, apenas como um back-up, na tentativa anterior à energia solar, de abastecer a região. Porém, a EDP teria de instalar grupos de geradores, arcando com as despesas de combustível (8.640 litros de óleo diesel), transporte a um local de difícil acesso e manutenção continuada para o fornecimento de energia 24 horas.
Agora, os moradores, a maioria pescadores, podem congelar os peixes para vender nos dias subsequentes, movimentando a economia local. O fornecimento de energia 24 horas proporcionou às 146 famílias divididas dessas quatro comunidades benefícios como três escolas, três postos de saúde, casas de artesanatos, quaro igrejas, três cooperativas, sistemas de bombeamento de água e de iluminação pública, dois postos policiais e campo de futebol.
Segundo Cátia Stoyan, fundadora e CEO da SS Solar, na primeira etapa do projeto, foi necessário estabelecer uma aproximação junto às comunidades, engajando-as ao processo, além de capacitar e contratar alguns ajudantes das comunidades para participação nas obras.
Saiba mais: Usina Solar
A executiva ainda destaca que o projeto do Jari foi um dos mais recompensadores que coordenou. “A missão SS Solar é transformar a vida das pessoas e conseguimos cumprir esse propósito. Sinalizamos essas comunidades no mapa, conseguimos atrair mais atenção das autoridades às necessidades locais e conectamos os ribeirinhos ao mundo, com antenas parabólicas, TVs e rádios, geramos renda e construímos uma vida renovada às comunidades do Jari.”
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