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Energia solar amplia benefícios em comunidade no Rio de Janeiro

  • grupomotaservicos
  • 15 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

ONG Revolusolar possui primeira cooperativa de energia solar distribuída na favela da Babilônia

A favela da Babilônia, no Rio de Janeiro, conta com a primeira cooperativa de energia solar distribuída criada pela organização não-governamental Revolusolar. Segundo a instituição iniciativa traz benefícios ambientais, sociais e econômicos à comunidade com capacitação profissional e criação de empregos, ajuda, sobretudo, na retomada após a pandemia da covid-19. 

Com a instalação das placas fotovoltaicas, o objetivo é trazer uma economia de R$ 34 mil ao ano para as 30 famílias participantes do projeto-piloto, o que representará entre 50% a 60% da redução das contas de energia por residência. O diretor executivo da Revolusolar, Eduardo Avila, destaca que o objetivo é expandir o projeto para outras famílias mesmo que a redução nos custos com energia seja menor. “Na média, a economia pode ser de até 95%”, comenta.

A iniciativa levou Ávila a se tornar um dos finalistas da América Latina e Caribe do prêmio Young Champions on Earth (Jovens Campeões da Terra), concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A competição global, que teve mais de 845 inscritos, busca identificar, apoiar e estimular jovens empreendedores com idade entre 18 e 30 anos por iniciativas para enfrentar a crise climática.

“Por meio de parcerias, a Revolusolar vai fazer uma campanha de financiamento coletivo ainda em julho para buscar o restante do valor necessário para a realização do projeto. O prazo estipulado é de três ou quatro meses para iniciar a cooperativa, que terá os primeiros resultados tangíveis ainda neste ano”, explica. Ele acrescenta que a capacitação dos instaladores, realizada pelos próprios moradores da favela, já estava acontecendo antes da pandemia e assim que puderem voltar com segurança às atividades, serão mais dois meses de estudos para completá-la. Posteriormente, o projeto pode ser adotado em outras regiões.

Conforme relatado por um morador da comunidade, o corretor de imóveis Adriano Paraíso da Silva, muitos moradores recebem contas de luz caras e até multas da concessionária por supostos “gatos” (furto de energia) sem que tenham sido checadas adequadamente. “O problema é que os profissionais responsáveis pela marcação do consumo não entram na favela e o valor é calculado por uma cotação, sem contar que existem moradores que, de fato, “fazem gato””, conta. Na opinião dele, a energia solar na comunidade vai baixar o valor das contas de luz, possibilitando aos moradores que estão na ilegalidade resolverem o problema e ainda destaca a importância das capacitações para os jovens da favela.

A cooperativa vai usar o modelo de geração compartilhada, ou seja, um grupo de pessoas irá compartilhar os créditos originados a partir de uma usina de geração de energia. Os moradores não terão que pagar o investimento da instalação das placas fotovoltaicas, mas contribuir, mensalmente, à cooperativa um valor equivalente à metade da quantia economizada. Os créditos da energia gerada serão divididos entre os cooperados. Numa simulação, se o cooperado recebeu R$ 200 em créditos (reduzidos da sua conta de luz), R$ 100 irá para esse fundo comunitário. Segundo Ávila, o valor será usado para remunerar os trabalhadores e para financiar ou acumular recursos para a usina da comunidade.  

Mais de 30 profissionais foram capacitados desde o início do projeto e alguns deles foram contratados por empresas de energia solar

A ONG atua no local há cinco anos, quando empreendedores e lideranças comunitárias realizaram os primeiros cursos; oficinas de conscientização em sustentabilidade e meio ambiente com crianças; além de atividades de pesquisas e eventos sobre o tema. Já foram instaladas placas fotovoltaicas em três locais da favela, ajudando na redução da conta de luz da Escolinha Tia Percilia, referência educacional, que atravessa dificuldades financeiras. 

A favela da Babilônia compõe o Morro do Leme, junto com a favela Chapéu Mangueira, onde é considerado um lugar favorável para desenvolver projetos-piloto inovadores devido à alta incidência de raios solares. Cálculos da Revolusolar apontam que o potencial técnico de geração supera a demanda energética.


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