Evento tratou sobre desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energia limpa, com foco no mercado solar na região
O Fórum Nordeste 2019, realizado em 16 de setembro, em Recife (PE), discutiu os desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energia limpa, com destaque para a energia solar, a mais promissora de todas. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o segmento completou seu 1º Gigawatt (GW) de capacidade instalada de sistema fotovoltaico de geração distribuída.
Pernambuco se encontra na 11ª posição de potência instalada na geração distribuída, no ranking de estados do Brasil, com 28,3 Megawatts (MW) – o que representa 2,8% do País O primeiro estado é Minas Gerais, com 196,7 MW, equivalente a 19,7% do total do País.
Segundo a ABSOLAR, a queda no preço para instalação do sistema fotovoltaico no Brasil e no preço do módulo fotovoltaico (em torno de 80%) nos últimos dez anos contribuiu para a expansão do segmento. E o segundo fator é a alta tarifária, ou seja, da conta de energia, que ocorre desde 2012. Além disso, hoje o consumidor encontra opções de financiamento atrativas, a maioria delas através de instituições bancárias.
A Bomtempo Engenharia é uma das empresas oferece soluções energéticas personalizadas na região, desde a concepção até o pós-venda. “Do final de 2018 até julho de 2019, crescemos mais de 30% com projetos fechados, representando aumento da demanda pela energia renovável na região. E o cliente pode ter uma economia de até 95% na sua conta de energia”, explicou o sócio-diretor da empresa, Renato Bomtempo.
No lado do consumidor, o professor de enfermagem, Edson Acioli, instalou o sistema fotovoltaico em sua residência com 24 placas fotovoltaicas, com investimento total de R$ 40 mil. “Observei um aumento de consumo de energia e queria ter uma autonomia para gastar menos. Eu pagava uma conta de R$ 600 e agora vou só pagar a taxa mínima da Celpe para ter um sistema que dura mais de 25 anos”, explicou Acioli.
O empresário da Bom Leite, Stênio Galvão, também instalou 336 placas solares em sua fazenda de produção leiteira, localizada em São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, com uma área de 1.165 metros quadrados (m²). “Primeiro apostei na agropecuária, que é a área onde acontece a produção do leite. Vi que era necessário porque eu preciso gerar energia mais de 12 horas por dia”, explicou Galvão, que já fez solicitação para instalação na área da indústria. da Bom Leite. O Brasil encontra-se na 11ª posição mundial dos países que mais investiram em energia solar fotovoltaica no ano passado, alcançando 2,4 GW de capacidade instalada acumulada – esse dado inclui a geração distribuída e a geração centralizada, essa última são as grandes usinas que se integram ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A China é o primeiro país desse levantamento, com 45 GW, seguido da Índia, com 10,8 GW.
Esse cenário de instalação fotovoltaica no Brasil foi possível a partir de 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou uma norma estabelecendo a possibilidade do consumidor poder gerar sua própria energia e obter descontos na sua conta.
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