Além de baixar o custo da conta de luz, unidade é 70% mais barata do que a convencional e não exige manutenção
Pesquisadores indianos desenvolveram unidades de compostagem de baixo custo que funcionam com energia solar. O uso da compostagem reduz a emissão de gases poluentes ao destinar adequadamente os resíduos, mas o processo de conversão de lixo úmido em composto, se realizado em uma unidade que consome eletricidade, podendo aumentar a conta de luz e deixar pegadas de carbono.
Segundo os engenheiros indianos Rutvick Pedamkar e Sandip Patil, do distrito de Thane, em Maharashtra, responsáveis pela inovação, um compostor elétrico precisa de energia para o processo de secagem, moagem e resfriamento. Nesse sentido, para não poluir o meio ambiente, foram projetadas unidades com painéis solares que produzem eletricidade a partir do sol.
Além de reduzir o gasto com a conta de luz, Rutvick Pedamkar, um dos fundadores da Klimrus Sustainable Solution, o custo da unidade cai para mais de 70% em relação ao convencional. “Nosso equipamento de capacidade de 50 kg custa um lakh (cerca de R$ 7,2 mil), enquanto outro com a mesma capacidade movido a energia elétrica de modo convencional custa em média quatro lakhs (cerca de R$ 30 mil)”, comentou.
Os engenheiros também destacam que ainda existem outas vantagens do equipamento movido a energia solar. Uma delas é que não há necessidade de manutenção. Na parte de instalação, case não haja luz solar suficiente na sua casa, os painéis solares poderão ser instalados no terraço. “O equipamento varia dependendo do seu tamanho. A menor produz até 200 W, enquanto um sistema de 500 quilos pode gerar 2 kW”, concluiu Pedamkar.
A energia solar tem sido palco de inovações em todo o mundo para reduzir custos, contribuir com a sustentabilidade e trazer ainda mais conforto às pessoas. No Brasil não é diferente. Recentemente, estudantes de escolas públicas do Amapá desenvolveram um carregador de celular movido à energia solar pode ser a solução para garantir a carga de celulares em longas viagens de ônibus e embarcações na Amazônia.
A tecnologia visa facilitar comunicação de comunidades do interior. No projeto, a energia fotovoltaica é adaptada aos veículos com objetivo de manter a comunicação permanente, beneficiando especialmente a população de baixa renda, que diariamente precisam fazer grandes deslocamentos por estradas e rios da região.
Outro projeto que alia cultura com energia limpa para democratizar o cinema no país é o Cinesolar, criado em 2013 com a intenção de levar filmes e curtas selecionados para destinos que não dispõem de salas de exibição ou para comunidades em que o custo do ingresso de cinema não cabe no orçamento.
O projeto paulistano já visitou em sete anos 250 cidades e percorreu vinte estados brasileiros. Na jornada são utilizadas duas vans estilizadas que também servem como sala de aula — quando descarregam os equipamentos, os participantes do projeto aproveitam para dar aulas interativas sobre como ocorre a obtenção de energia elétrica por meio de placas solares. Outra atividade oferecida é a oficina de audiovisual em que crianças criam curtas-metragens para serem exibidos à noite.
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