Prioridades são o segmento de instalações de menor porte. Expectativa é dobrar a participação no mercado de geração distribuída em 2019
A ENGIE, uma das principais fornecedoras de sistemas fotovoltaicos do País, pretende investir entre R$ 200 e R$ 500 milhões em geração solar distribuída nos próximos cinco anos no Brasil. Uma das prioridades da empresa é o segmento de instalações de menor porte para geração de energia renovável, como sistemas fotovoltaicos, em especial para indústrias, comércios e agronegócio.
“Hoje, temos 2.500 clientes e 45 MWp (Megawatts-pico) comercializados, com expectativa de dobrar a participação no mercado de geração distribuída em 2019”, afirma o diretor de operações, Paulo Henrique Müller.
A empresa está presente em 70 países e no Brasil já conta com projetos de energia solar fotovoltaica nas regiões Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, atendendo diferentes segmentos.
Um exemplo disso é o sistema fotovoltaico de 95,04 kWp (quilowatts-pico) de potência, instalado pela ENGIE no Paradigma Cine Arte, de Florianópolis, tornando-se o primeiro cinema totalmente abastecido por energia solar na região Sul do Brasil.
No Oeste de Santa Catarina, a empresa também instalou o sistema na Ogochi, de São Carlos, tornando-se autossuficiente na geração de energia solar fotovoltaica e também na agroindústria de frutas finas Itaberry, reduzindo em 90% a conta de energia, que ficava entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil mensais.
A surfwear Freesurf, em Gravataí, também adquiriu um sistema fotovoltaico com capacidade de 79,2 quilowatts-pico (kWp) e geração mensal estimada em 8,3 milquilowatts-hora (kWh), suficiente para atender todo o consumo de energia do empreendimento. Os R$ 333 mil investidos pela empresa irão se pagar no prazo de três a quatro anos. A vida útil do equipamento é de 25 anos.
Os hospitais também fazem parte de projetos de instalação de painéis solares da ENGIE. Na região Centro Oeste, por exemplo, beneficiada pelo alto índice de insolação, as clínicas e hospitais ainda são favorecidas pela arquitetura, compostas por um perfil de construção horizontal. “Esse formato aumenta a área de instalação do sistema fotovoltaico e deixa o projeto muito mais aderente à solução solar”, explicou o gerente regional para geração solar distribuída da ENGIE, Charles Bispo.
O Prover Hospital Dia, de Rio Verde (GO), por exemplo investiu em um sistema fotovoltaico de 158 painéis. O projeto prevê uma economia aproximada de R$ 42,2 mil para o hospital no primeiro ano e retorno dos R$ 214 mil investidos em um prazo estimado de quatro anos.
Outra alternativa oferecida pela empresa é a de usufruir de energia solar pela modalidade BOO – acrônimo para Build, Operate and Transfer (Construir, Operar e Transferir). Desta forma, é possível reduzir os gastos recorrentes de energia sem a necessidade de fazer um investimento inicial. A ENGIE arca com os custos da instalação e o consumidor paga somente uma mensalidade, menor que a tarifa convencional de energia, por um prazo de 10 a 15 anos. Ao final deste período, pode adquirir o equipamento.
O Residencial Alphaville Conde, em Barueri (SP), aderiu a modalidade BOO em 2018 para instalação de um sistema fotovoltaico com potência de 63,6 kWp (kilowatts/pico), que abastece a área comum do condomínio com 7.700 kWh médios mensais.
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