Dólar valorizado e efeitos do surto de coronavírus na China preocupam, mas não devem alterar tendência positiva
Entidades representantes dos setores de energia solar e de geração distribuída acreditam que o mercado fotovoltaico seguirá com crescimento robusto em 2020. Dólar valorizado e efeitos do surto de coronavírus na China preocupam, mas não devem alterar tendência positiva.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) divulgou por meio de um artigo projeções de que a fonte deverá gerar mais de 120 mil empregos no ano. Os novos investimentos privados no setor poderão ultrapassar a cifra de R$ 19,7 bilhões este ano, somando os segmentos de geração distribuída e centralizada.
“Desse total de investimentos, a geração distribuída corresponderá a cerca de R$ 16,4 bilhões. Serão adicionados mais de 4 GW de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas distribuídos. Isso representará praticamente o dobro da capacidade instalada atual do País, hoje em 4,4 GW”, aponta o artigo, assinado pelo CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, e pelo presidente do conselho de administração da mesma entidade, Ronaldo Koloszuk.
De acordo com a ABSOLAR, é esperado um crescimento de 260% na geração distribuída solar fotovoltaica em comparação ao volume anual adicionado apenas em 2019 e de 170% frente ao total acumulado até 2019, passando de 2,0 GW para 5,4 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto será de 25% frente ao total acumulado, saindo dos atuais 2,4 GW para 3,0 GW.
O presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, vê o mercado aquecido, demandando profissionais mais qualificados. “Tem muitos novos entrantes e empresas de outras áreas migrando para o setor e definindo novas equipes. Há um forte viés de capacitação de técnicos no mercado e uma demanda maior de formação.” Ele não acredita que o surto do coronavírus, que impacta a produção de equipamentos na China, irá derrubar as projeções de crescimento do setor. “Acho que não afeta o crescimento, só se o cenário se repetir ou piorar. O que deve acontecer é um primeiro semestre mais fraco e uma recuperação no segundo.”
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