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Estudantes do Amapá criam carregador solar para telefones celulares

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Foto: Fabiana Figueiredo/G1

Placas solares são instaladas nos barcos ou ônibus para armazenar energia em baterias, possibilitando o carregamento de celulares de passageiros durante longas viagens na região

Um carregador de celular movido à energia solar pode ser a solução para garantir a carga de celulares em longas viagens de ônibus e embarcações na Amazônia. Essa novidade foi desenvolvida por estudantes de escolas públicas do Amapá, apresentada em dezembro, durante a 10ª Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí (MTCEA), uma das maiores feiras da Amazônia, realizada no Pará. A tecnologia visa facilitar a comunicação de comunidades do interior.

No projeto, a energia fotovoltaica é adaptada aos veículos com objetivo de manter a comunicação permanente, beneficiando especialmente a população de baixa renda, que diariamente precisa fazer grandes deslocamentos por estradas e rios da região.

Coordenado pelo Aldeni Melo, o projeto funciona por meio de placas fotovoltaicas e um equipamento com conectores para aparelhos celulares. A ideia surgiu de um dos alunos que nasceu no Amazonas e presenciou a necessidade dessa comunicação durante suas longas viagens ao interior. Segundo o aluno, Théo, de 15 anos, o projeto é muito interessante, pois tem implantação de baixo custo e a energia solar é o futuro da matriz energética do país, aliando eficiência e sustentabilidade. “As placas solares fazem a conversão da energia para a bateria e carrega os celulares”, explicou.

Outro participante do projeto, Gabriel de Almeida Café, de Macapá, conta que já fez longas viagens intermunicipais, sem a opção de carregador de celular em pontos de paradas dos veículos. “Não temos como comunicar ou avisar. O projeto tem o objetivo de proporcionar uma energia elétrica sem agredir o meio ambiente”, disse.

Os estudantes realizaram uma pesquisa de campo para justificar a realização do projeto nos terminais rodoviário e hidroviário de Macapá para identificar a percepção de viajantes sobre o projeto.

Para o orientador do projeto, Aldeni Melo, a feira no Pará é uma ótima oportunidade de apresentar a proposta aos outros alunos, defendendo ainda que a pesquisa científica deve ser incentivada nas séries iniciais na rede pública.

“Nossos alunos precisam crescer e ultrapassar seus limites, e potencial para isso eles têm. Essas pesquisas estimularam a autonomia deles e provocam um olhar diferenciado de se alfabetizar cientificamente”, finalizou.

Uma análise inédita feita pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) aponta que 990.103 brasileiros não têm energia elétrica na Amazônia Legal. O estudo, com metodologia analítica georreferenciada, foi desenvolvido para estimar e acompanhar a evolução desse número, em diferentes demarcações territoriais e classes populacionais como povos indígenas, extrativistas, quilombolas e assentados. Dessa maneira, é possível planejar o montante de recursos para suprir o problema.

“A partir desse resultado, poderemos dimensionar o período em que se quer atingir a universalização da energia elétrica na Amazônia e como ir além do acesso à energia para o bem-estar social ao promover também as atividades produtivas comunitárias”, explica Pedro Bara, pesquisador sênior do IEMA.

Agora, os dados do IEMA vão contribuir com a superação dos obstáculos apontados pela rede ao propor um método de mapeamento atualizado da exclusão elétrica. O Instituto ainda tem a intenção de discutir o uso dessa metodologia com a rede, com o poder público e com empresas a partir dessa ferramenta de referência.


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