Estimativa é que o programa de obras de transmissão na rede básica do Noroeste e Norte do estado exigirá investimentos totais da ordem de R$ 85,6 milhões
Um estudo idealizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) pretende recomendar reforços estruturais de transmissão na região Norte e Noroeste de Minas Gerais. A ideia é proporcionar o adequado escoamento de expressivos montantes de geração solar centralizada e distribuída vislumbrados para a localidade nos próximos anos.
Na recente publicação da segunda revisão da Nota Técnica sobre o tema, a equipe da Superintendência de Transmissão de Energia (STE) sugeriu a inclusão de um quanto banco de autotransformadores 500/230 kV para a subestação Janaúba 3, além do terceiro banco que já havia sido indicado na primeira revisão, em fevereiro desse ano.
Em nota, a EPE explicou que a recomendação foi originada de análises preliminares realizadas no âmbito da pesquisa mais abrangente, que está em andamento e que prevê a diminuição de restrições ao escoamento do potencial fotovoltaico regional para 2023.
Ainda segundo a EPE, o futuro projeto não demandará licenciamento ambiental, por se tratar de reforço em transformação da Rede Básica e em subestação já em construção. Isso agiliza sua implantação. A estimativa é que o programa de obras exigirá investimentos totais da ordem de R$ 85,6 milhões.
Recentemente, Minas Gerais conquistou a marca de 640 megawatts (MW) de potência instalada nos pequenos sistemas instalados nos telhados e terrenos de residências, empresas e poder público. Isso significa mais de 54 mil conexões instaladas no estado mineiro, abrangendo em torno de 96,5% dos 824 municípios da região.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Minas também é destaque no Top 5 Estados na geração centralizada solar no que tange à potência instalada e status das usinas fotovoltaicas dos leilões do mercado regulado. Na geração distribuída, representa 20% da potência instalada no País e, no ranking municipal, detém duas cidades entre as maiores produtoras no Brasil: Uberlândia (2°) e Belo Horizonte (10°).
No cenário internacional, esse crescimento exponencial da tecnologia fotovoltaica tem contribuído para que, gradativamente, o Brasil melhore sua posição no ranking mundial dos países produtores de energia solar. Os últimos dados mostram que a locomotiva brasileira entrou no pelotão de elite da corrida e ocupa a 16° posição mundial, e neste mesmo cenário, Minas novamente se destaca com mais de um quarto da energia gerada.
Na liderança mundial, a China fechou o último ano com uma capacidade acumulada de mais 205 GW, o que representa o triplo fornecido pelo Japão, segundo colocado. Na terceira colocação, os Estados Unidos alcançaram a marca de 60 GW, de acordo com o ranking da Irena – Agência Internacional de Recurso Renováveis.
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