top of page

Eurasia aponta que agravamento da crise energética pode influenciar nas eleições brasileiras de 2022

grupomotaservicos
Eurasia aponta que agravamento da crise energética pode influenciar nas eleições brasileiras de 2022

América Latina passa por um cenário político desafiador e com setor de energia exposto às pressões políticas, segundo o diretor da consultoria internacional

O resultado das eleições brasileiras do próximo ano pode ser influenciado pelo eventual agravamento da crise elétrica, de acordo com Silvio Cascione, diretor da Eurasia, consultoria internacional especializada em analisar risco político. O diretor acredita que o governo de Jair Bolsonaro evitará o quanto puder a decretação de um racionamento elétrico.

“Uma crise energética afeta muitas coisas e vai afetar também os candidatos nas eleições e o que eles têm como proposta nesse sentido”, apontou o especialista durante a 9ª Conferência de Energia e Recursos Naturais na América Latina, promovida pela KPMG, no dia 15 de setembro.

O consumo de energia elétrica no país tem crescido com o avanço da vacinação e retorno econômico, sob uma realidade de escassez de recursos elétricos devido às chuvas. No país, 61% da demanda é coberta por usinas hidrelétricas.

De acordo com Cascione, as alterações climáticas terão um efeito decisivo no setor de energia. Todavia, os ciclos de eleições têm sido uma questão na coordenação de ações de combate às mudanças no clima. “A mudança climática que antes era algo simples, agora se tornou uma arena de competição global”, comenta.

Para ele, a América Latina passa por um cenário político de desafios. A pandemia da Covid-19 fez com que algumas tendências ficassem mais rápidas e desgastou condições estruturais, fazendo crescer o risco político regional.

“A América Latina é a região onde o risco político é mais percebido. É um lugar no mundo onde temos mais países com uma trajetória política negativa, condições estruturais sendo deterioradas, problemas políticos e as pessoas estão mais infelizes. Esses fatores já estavam presentes antes da Covid-19, e agora estão mais relevantes”, diz o diretor da Eurasia.

O diretor ainda explica que o setor energético é muito vulnerável às pressões políticas. O valor dos combustíveis e da energia elétrica causa reflexos à inflação, tendo impactos no custo dos produtos de forma geral e na popularidade governamental.

Cascione afirma que, no Brasil, a maior preocupação é com o que vai acontecer após as eleições de 2022. “Temos a possibilidade de ter uma intervenção maior do Estado dependendo do resultado da eleição.”

“Dependendo da orientação ideológica, há governos que têm interesse em intervir no setor de energia, fazer crescer sem ser baseado no mercado, mas sim em prioridades políticas. Isso começou acontecer no Brasil nas últimas administrações, está acontecendo no México, e continua sendo um risco em toda região”, aponta.


financiamento-para-energia-solar-bv-2-1.jpg
0 visualização0 comentário

Comments


bottom of page