Protótipo desenvolvido por pesquisadores europeu em escala-piloto avançada visa reduzir entre 40% a 60% as emissões de gases de efeito estufa
Pesquisadores europeus desenvolveram um forno industrial solar que atinge temperaturas entre 800 e 1000°C, adequado para o tratamento de partículas em indústrias intensivas em energia, como cal ou cimento, que estão entre os maiores emissores de CO2 do mundo. Chamado de Solpart, essa tecnologia, segundo avaliações iniciais, pode substituir os combustíveis fósseis pelo calor solar entre 60 e 100%, dependendo da planta industrial, e reduzir as emissões de gases de efeito estufa geradas pelas indústrias minerais e cimenteiras de 40% a 60%.
O protótipo, em escala-piloto avançada, chama-se Solpart, sigla em inglês para “reator de alta temperatura aquecido pelo Sol para produção industrial de particulados reativos” foi desenvolvido em quatro anos por pesquisadores e engenheiros de dez instituições de sete países europeus. A complexidade girou em torno das exigências dos fornos solares que, além dos concentradores solares, têm a necessidade de trabalhar junto com fornos rotativos ou leitos fluidizados, para tratar a matéria-prima de forma contínua.
O diferencial desse modelo de forno é que também pode atender às necessidades de diferentes plantas industriais. O sistema criado durante este projeto inclui todo um circuito de movimentação do material e seu armazenamento a quente, permitindo um processamento contínuo 24 horas por dia. Inclusive, todas as tecnologias do projeto foram testadas no maior forno industrial solar do mundo, em Odeillo, na França.
Agora, a ideia do grupo de pesquisadores, que formou um consórcio é viabilizar uma planta industrial, que deve ser construída na Espanha até 2025. Com isso, o potencial do forno a base de energia solar passará de algumas poucas dezenas de quilogramas de minério tratados pelo protótipo, para milhares de toneladas normalmente processadas por uma planta industrial.
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