Usina para suprir 100% do consumo do órgão também visa “reforçar a sustentabilidade ambiental”
O primeiro parque solar da força aérea na BA 5 (Monte Real), em Portugal acaba de entrar em operação. O sistema para autoconsumo da força aérea é composto por 540 painéis solares de 370 Watt implantados numa área de 3.000 metros quadrados com o objetivo de “reforçar a sustentabilidade ambiental dessa unidade militar”.
Esta infraestrutura, localizada na Serra do Porto de Urso, está ligada à rede de energia elétrica do complexo local da Força Aérea Portuguesa (FAP). O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos, inaugurou o Parque Solar e reforçou a aposta da Força Aérea Portuguesa na energia fotovoltaica, defendendo que o país deve aumentar a sua produção de eletricidade de origem solar. “Apesar de Portugal ter tantas horas de sol, a obtenção de energia a partir desta fonte é ainda muito pequena. Por conta disso é que precisamos investir ainda mais para produzir eletricidade a partir de fontes renováveis”, defendeu o ministro.
A empresa tomarense TemplarLuz, localizada em Santa Catarina (Venda Nova), em Portugal, foi selecionada para instalar a usina e acompanhou todo o processo desde o início. “Fomos nós que estudamos os consumos da base há alguns anos e fizemos estudos para incentivar o Estado Maior a fazer o investimento que agora se concretizou”, disse o administrador da empresa Luís Eduardo Lopes.
Portugal é um dos países mais competitivos do mundo no solar. O Ministério do Ambiente e da Ação Climática de Portugal declarou que o país registrou o preço de energia solar mais baixo do mundo após leilão realizado nos dias 24 e 25 de agosto. De acordo com o anúncio, o certame resultou em tarifas de US$ 13,12/MWh ou US$ 0,0131/kWh.
“Trata-se de uma grande, enorme vitória do país. O que se passou hoje é histórico”, afirmou o Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, por meio de uma rede social.
O recorde anterior havia sido registrado em abril no projeto de Al Dhafra, em Abu Dhabi, com uma tarifa de US$ 0,0135/kWh. A nova marca também é 25% inferior ao leilão realizado em Portugal no ano passado. De acordo com a pasta do governo português, o certame representou ganhos para os consumidores na ordem dos 559 milhões de euros nos próximos 15 anos, o que equivale a cerca de 37,2 milhões de euros por ano.
Dos 700 megawatts disponíveis, foram concedidos 670 MW, dos quais cerca de 75% na modalidade de armazenamento (483 MW) e os restantes nas modalidades de compensação ao sistema (177 MW) e contrato por diferenças (10MW). Os 12 lotes submetidos a leilão foram arrematados por seis entidades, sendo a grande vencedora a empresa Hanwha Q-Cells, tanto em número de lotes (6) como em capacidade adjudicada (total de 315 MW).
Segundo comunicado do ministério, o sistema elétrico português vai passar a contar com uma capacidade mínima de armazenamento de quase 100 MW, o que contribui para absorver excessos de renováveis na rede e para garantir a flexibilidade necessária do sistema durante estes períodos.
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