Companhia estimou que as perdas serão por volta do dobro do resultado no mesmo período do ano anterior
Por Ricardo Casarin
A GCL-Poly, uma das principais produtoras de silício policristalino do mundo, emitiu um aviso a investidores de que deverá registrar prejuízo líquido de ao menos US$ 217 milhões (RMB 1,5 bilhão) no primeiro semestre de 2020, em razão de impactos da demanda de mercado, entre outros fatores.
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Por meio de comunicado, a companhia estimou que as perdas serão por volta do dobro do resultado no mesmo período do ano anterior em função de prejuízos de novos ativos, receitas reduzidas após a venda de usinas da sua subsidiária GCL New Energy e efeitos cambiais negativos da valorização do dólar sobre o endividamento da empresa.
“A companhia ainda está em processo de finalizar os resultados provisórios do período. A informação contida nesse anúncio é baseada na avaliação preliminar dos últimos relatórios ainda não auditados ou revistos por agentes independentes ou pelo comitê de auditoria da empresa. Essas informações serão sujeitas a finalização e ajustes necessário”, ressaltou a GCL-Poly no comunicado.
Embora a companhia também tenha admitido ter experimentado uma queda no volume de vendas de wafers no período, o comunicado não mencionou a queda do preço médio de venda que impactou produtores na primeira metade do ano. A companhia vive um declíneo agudo nas receitas do setor de materiais, principalmente em decorrência das minímas recordes no preço médio do silício policristalino e do excesso de capacidade no setor de wafers.
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Recentemente, outra grande produtora chinesa de silício policristalino, Xinte Energy, declarou que não registrará mais do que US$ 724 mil (RMB 5 milhões) de lucro líquido no primeiro semestre, conforme o preço médio de venda caiu 17,17% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A empresa também foi afetada pela redução de atividades de engenharia e construção pela pandemia de COVID-19. A companhia registrou lucrou de RMB 235 milhões no mesmo período de 2019.
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