Segundo o órgão, fonte totalizou 751 MW médios no mês, frente a 601 MW médios registrados no ano passado
Por Ricardo Casarin
A geração de usinas fotovoltaicas cresceu 25% em agosto na comparação com o mesmo período de 2019, apontam dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A fonte totalizou 751 MW médios no mês, frente a 601 MW médios registrados no ano passado.
Na mesma base de comparação, a geração de usinas hidrelétricas cresceu 15,7%, acompanhando a retomada gradual do consumo de energia em função do início do retorno das atividades no país. A fonte apresentou geração de 43.104 MW médios, ante 37.244 MW médios em 2019.
As usinas eólicas apresentaram evolução de 3,8%. Ao mesmo tempo, a geração térmica registrou recuo de 39,7%. A queda pôde ser observada nas termelétricas que utilizam todos os tipos de combustíveis, inclusive, na produção de usinas a biomassa. No Sistema Interligado Nacional (SIN), a produção de energia manteve-se praticamente estável, com uma leve alta de 0,2% no período.
Ainda de acordo com o levantamento da CCEE, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) caiu 0,5% em agosto frente a igual período em 2019, passando de 60.066 MW médios para 59.765 MW médios. Na avaliação da câmara, o valor verificado demonstra a retomada do consumo à medida que ocorre o retorno gradual das atividades.
No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), a redução foi de 2,9%, para 39.889 MW médios. Expurgadas as migrações para o mercado livre, o ACR verificaria retração de 0,7%. Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), o consumo cresceu 4,6%, chegando a 19.876 MW médios. Porém, ao expurgar o impacto da migração, o ACL apresentaria estabilidade.
Os consumidores livres apresentaram alta de 1,1% na demanda, enquanto os especiais observaram crescimento de 15%. Ao expurgar o efeito da migração, observa-se elevação de 0,5% e queda 4,2%, respectivamente.
Com o retorno gradual das atividades econômicas que foram reduzidas por causa da pandemia, a maioria dos segmentos já registram crescimento no consumo. A CCEE destacou os ramos de saneamento (27,1%), comércio (17,9%) e bebidas (13,4%), ressaltando que parte desse aumento está diretamente vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre. Expurgadas as migrações, os setores tiveram percentual de, respectivamente, 2,8%, -4,4% e 10%.
Do outro lado, os ramos de transporte (-10,3%), veículos (-10,2%) e serviços (-8,2%) ainda lideram o ranking das maiores quedas no consumo de energia. No entanto, foi destacado que as retrações já são muito mais amenas do que nos meses anteriores.
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