Empresa reportou lucro líquido de R$ 440 milhões, alta de 43,4% em relação ao mesmo período do ano passado
Por Ricardo Casarin
A WEG destacou o bom desempenho da área de geração solar distribuída no mercado brasileiro no resultado financeiro do primeiro trimestre. Empresa reportou lucro líquido de R$ 440 milhões, alta de 43,4% em relação ao mesmo período do ano passado. “Destacamos o desempenho da área de geração solar, em especial o setor de geração distribuída, que manteve o bom desempenho dos últimos trimestres. A performance superou as expectativas”, declarou o diretor de finanças e de relações com investidores da WEG, Paulo Polezi, durante teleconferência.
O relatório divulgado pela companhia aponta que os “negócios no Brasil demonstraram continuação da tendência de melhora na atividade industrial observada nos últimos trimestres. Os negócios ligados à área de geração, distribuição e transmissão de energia também mostraram bom desempenho, em especial as soluções ligadas a transmissão e distribuição (T&D) e geração solar distribuída.”
O balanço indica que o desempenho no mercado interno continua sendo o principal destaque da área. “Todos os negócios, com exceção da geração eólica, apresentaram importante crescimento de receita neste trimestre. Entre eles, destacamos a geração solar distribuída (GD), que manteve o bom desempenho dos últimos trimestres, o negócio de transmissão e distribuição (T&D), com entregas importantes referente aos leilões de transmissão dos últimos anos e também o negócio de geração térmica por biomassa, com melhora na demanda do setor sucroalcooleiro.”
Polezi afirma que o bom desempenho tem muita relação com a rede de integradores que a companhia desenvolve em território nacional. Para os próximos trimestres, a expectativa é de dificuldades por conta das restrições do combate ao COVID-19. “A preocupação inicial era com a cadeia de fornecedores na China. Mas não houve impacto relevante e o estoque continuou sendo abastecido. Em abril, vemos um certo represamento dos pedidos, há dificuldades para os instaladores realizarem atendimentos em residências e clientes.”
“Dada a natureza de ciclo curto desse negócio, o câmbio mais alto traz uma questão de preço que tem de ser observada. A sobra de energia e queda no preço spot também podem criar uma volatilidade nos próximos meses. Mas destacamos o balanço forte da WEG, que permite suportar nossos clientes e sair dessa crise de forma positiva”, diz Polezi.
O gerente de relações com investidores da WEG, André Salgueiro, avalia que é muito difícil mensurar o impacto da pandemia na economia do Brasil e suas consequências aos negócios de geração distribuída. “É esperado que ocorra, mas não é simples prever a intensidade e a duração. É um investimento relativamente alto e o payback vai ficar mais longo com a queda do preço de energia.”
“O câmbio puxa o preço das placas solares para cima, todas essas variáveis serão levadas em conta. Mas temos condições de auxiliar nossa estrutura de integradores e não sabemos se nossos concorrentes terão essa mesma condição.”
Nesse trimestre, a área de geração, transmissão e distribuição representa cerca de 35% do total da receita líquida da companhia, com o mercado interno respondendo pela maior parte dessa fatia. Recentemente, a WEG atingiu a marca global de 1 GW em capacidade instalada de energia solar. O Brasil responde por maior parte do total dessa potência, que inclui sistemas de geração distribuída (GD) em residências, indústrias e comércios, e também usinas de geração centralizada.
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