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Gigante chinesa de petróleo vai apostar em ‘modelo verde e de baixo carbono’

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PetroChina quer usar parte dos US$ 38 bilhões que receberá pela venda de seus gasodutos para iniciar negócios com energia eólica e solar

A gigante PetroChina vai apostar em energia solar e eólica como parte dos recursos para o desenvolvimento transformacional da empresa em um modelo verde e de baixo carbono. Segundo comunicado da empresa, parte dos US$ 38 bilhões que receberá pela venda de seus gasodutos serão destinados aos negócios com foco em energia renováveis e para pagamento de dividendos, de dívidas e investimentos na divisão de petróleo e gás.

O diretor de relações com investidores, Wei Fang, destaca que a ação parte da preocupação com as mudanças climáticas e custos decrescentes de energia renovável que estão remodelando o futuro das gigantes mundiais de petróleo e gás. “Há anos, as grandes empresas europeias como Total e Royal Dutch Shell investem em energia limpa, ao passo que empresas de combustíveis da China até agora se concentraram em seus negócios principais”, comenta.

Neil Beveridge, analista do Sanford C. Bernstein & Co., em Hong Kong, avalia que a iniciativa da PetroChina é a confirmação de que o mundo está mudando e que é preciso começar a pensar na vida além do petróleo e gás. “A transformação significará mais foco em projetos eólicos, de energia solar, geotérmica e hidrogênio, embora a empresa não tenha dado detalhes sobre os planos de gastos”, disse Beveridge. 

Com o novo modelo de negócio, a PetroChina espera alcançar os retornos sobre o patrimônio na média que seu segmento de gasodutos estava registrando, entre 7% a 9%. Ainda segundo comunicado, a PetroChina receberá 268,7 bilhões de yuans em dinheiro e participação acionária pela entrega de suas redes de gasodutos, armazenamento e terminais de importação como parte da criação da gigante nacional de gasodutos PipeChina. 

Beveridge também afirma que apesar da China ser o maior mercado mundial de energia renovável, há uma explicação para que a PetroChina tenha mantido seu foco até agora em combustíveis fósseis. “A empresa é a maior fornecedora de gás natural do país, e o governo tenta aumentar a proporção de combustível fóssil mais limpo para 15% da matriz de energia do país em relação aos atuais 8%”, completou.

Segundo o Relatório da Situação Global das Renováveis de 2019, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o investimento global em energia verde ultrapassou US$ 2,6 trilhões na última década. Foram mais gigawatts de capacidade por energia solar instalados do que qualquer outra tecnologia de geração energética. 

A China foi o país campeão em investimento em energia limpa da década. De acordo com o estudo, US$ 758 bilhões foram empregados com este propósito entre 2010 e 2019.Dessa forma, assumiu a liderança no ranking em energia renovável tornando-se o maior produtor, exportador e instalador de painéis solares, turbinas eólicas, baterias e veículos elétricos de todo o mundo.

A PetroChina é a maior empresa petrolífera da China e a maior do mundo em valor de mercado, é uma subsidiária da China National Petroleum Corporation, uma das três grandes companhias petrolíferas semi-estatais chinesas.


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