Proposta é gerar eletricidade para agricultores e moradores da região
O presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) receberam, no final de setembro, alguns representantes da empresa Energia Solar LM, para discutir o projeto de construção de uma usina solar flutuante.
Trata-se de uma técnica nova no Brasil, em que painéis solares flutuantes planam sob a água e geram energia solar para os agricultores e moradores da região.Essa tecnologia já é utilizada em outros países, principalmente em lagos, lagoas e estações de tratamento de águas. O objetivo de uma usina solar flutuante em alguns casos é produzir energia para o bombeamento de água que será destinada a sobretudo à agricultura.
A energia produzida por esse tipo de usina também traz outras contribuições como: diminuição da taxa de evaporação dos reservatórios e redução da proliferação de algas, em decorrência do sombreamento. Segundo informações do Ruraltins, uma usina de energia solar flutuante é uma central geradora de energia movida pela luz do sol, assim como uma usina solar em terra, porém instalada sobre a superfície da água.
Para esse tipo de instalação, é necessária a utilização de flutuadores, que são as estruturas que suportam os módulos (placas) solares sobre a água. Uma placa fotovoltaica pode pesar até 25 kg, por isso essas estruturas devem ser bem resistentes.
Energia solar em Tocantins
A procura por painéis de energia solar em residências cresceu 30% durante o período de seca em Tocantins. O valor baixo da conta de luz além da contribuição com o meio ambiente são os principais motivos desse aumento. Sem contar que o Sol brilha quase todos os dias na região, facilitando o aproveitamento das placas.
No mês passado, o Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos de Tocantins decidiu dar início ao projeto de uso de energia solar em órgãos públicos. A medida foi acertada durante a reunião no dia 2 de setembro no Palácio Araguaia. Segundo o presidente do Conselho e titular da Secretaria de Estado de Parcerias e Investimentos, Claudinei Quaresemin, o Executivo Estadual tem um custo anual com energia elétrica dos prédios públicos estimado em mais de R$ 60 milhões.
Somente a Secretaria Estadual de Educação, Juventude e Esportes (Seduc), responsável por 493 escolas, 13 Diretorias Regionais de Ensino (DREs), além da sede do órgão e dos seus anexos, tem um custo de energia elétrica anual estimado em mais de R$ 11 milhões.
Para a economia de energia no uso de soluções sustentáveis, a iniciativa visa à inclusão e à qualificação do projeto preliminar de implantação, operação e gestão, em parceria com a iniciativa privada, de miniusinas de produção de energia elétrica da Seduc e, posteriormente, de outros órgãos públicos do Governo Estadual.
Em junho deste ano, o governador de Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), sancionou um projeto de lei que garante energia solar nas novas construções de escolas da rede estadual. A matéria altera a Lei 3.179 de 2017, que instituiu a política de incentivo à geração e ao uso de energia solar (Pró-Solar).
Agora, todas as novas construções, reformas ou obras em prédios públicos, incluindo escolas devem prever a instalação de energia solar fotovoltaica e energia solar fototérmica.
Comments