Empreendimento fica aproximadamente a três horas de Manaus (AM)
Por Cristiane Pinheiro
A energia solar foi um dos estímulos para que o Juma Amazon Lodge, um hotel de luxo que fica na selva, a aproximadamente três horas de Manaus (AM), vencer o prêmio ABETA Brasil Natural na categoria sustentabilidade. A premiação é realizada com o objetivo de reconhecer empresas que atuam nesses segmentos de forma excepcional.
O hotel trabalha continuamente para manter o equilíbrio ecológico da região onde está, enxergando a floresta como prioridade dentro da experiência oferecida a seus hóspedes. Construído em uma área de 7.000 hectares sobre palafitas, o empreendimento conta com 40 painéis solares fotovoltaicos colocados em uma base flutuante e mais 72 baterias. São 19 bangalôs com vista panorâmica também com sistema de aquecimento solar de água.
Segundo informações da empresa, o Juma apresenta uma rede de energia elétrica ecológica, reduzindo o uso de geradores convencionais. Outros aspectos que garantiram o prêmio ao hotel foi sua própria rede de tratamento de esgoto, que dispõe de resíduos para separar o lixo, e parte dos artigos de higiene pessoal disponíveis serem biodegradáveis, o que contribui para a política de tratamento de resíduos do hotel. Esse tipo de conjunto de práticas se estende aos visitantes que podem contribuir com o ecossistema amazônico plantando uma árvore.
O prêmio ABETA Brasil Natural é organizado anualmente pela Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, como parte do Congresso Brasileiro de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta Summit).
Ainda segundo o hotel, a comunidade local está envolvida em 90% da fonte de trabalho e o estabelecimento oferece palestras sobre temas relacionados à proteção do meio ambiente, como reciclagem e redução de desastres ambientais, e realizadas ações de solidariedade, como doações e leilões beneficentes.
O primeiro hotel de luxo construído na Serra Vermelha, no Piauí, também terá energia solar. O empreendimento fica numa região ainda pouco explorada, no Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (525 km de Teresina, no Piauí). A inauguração é esperada para o segundo semestre de 2021, com a mesma proposta do Juma, levando em conta as características da região, contratando profissionais locais com projetos totalmente focados na sustentabilidade.
O hotel terá energia solar, reuso da água, banheiros químicos, destinação dos resíduos sólidos, iluminação adequada para ambientes selvagens, entre outras características.
A expectativa é que a primeira unidade, localizada no remoto povoado da Serra Vermelha, seja inaugurada no segundo semestre de 2021. O hotel de luxo terá oito suítes exclusivas no modelo das redes dos hotéis boutique ou hotéis de charme dos grandes centros ou lugares turísticos.
Todas as suítes terão banheiros com áreas verdes internas e jardins de inverno. A madeira utilizada no projeto será eucalipto tratado e aprovado pela legislação. O lixo terá separação do material, reciclagem e destinação adequada.
Parte do valor da diária do hotel (cerca de 2,5%) será destinada como doação para o Viveiro Mata Branca, projeto do Instituto Ecológico Caatinga (IEC), ONG sem fins lucrativos que trabalha na Serra Vermelha. Os guias terão um apartamento exclusivo no hotel para descanso, pernoite e banhos.
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