Segundo o dirigente, com a entrada em operação dos empreendimentos, a capacidade seria ampliada para 4.014 MW, um aumento de mais de 50%
Por Ricardo Casarin
O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri, declarou que, levando em conta os resultados dos leilões de energia realizados nos últimos anos, há uma previsão de início de fornecimento de 48 novas usinas solares fotovoltaicas no Brasil até 2022. Desse total, 20 contratos preveem empreendimentos com entrada em operação em 2021 e os outros 28 no ano seguinte.
“Para efeitos de comparação, a fonte solar conta, atualmente, com uma potência total de 2.648 megawatts (MW). Com a entrada em operação das usinas previstas para os próximos três anos, a capacidade seria ampliada para 4.014 MW, um aumento de mais de 50%”, disse o dirigente.
Ele destaca que a fonte solar foi a que apresentou o maior número de projetos habilitados para o Leilão de Energia Nova A-4, previsto para acontecer em maio. “Os empreendimentos solares fotovoltaicos concentram o maior volume de capacidade instalada no certame. Dos 1.528 empreendimentos inscritos para participação, 794 são usinas solares, cerca de 52% do total. Em termos de capacidade instalada, serão ofertados 28,7 mil megawatts (MW) de geração fotovoltaica, quase 56% dos 51,4 mil MW provenientes de todas as fontes.”
Ele aponta que, nos últimos leilões de energia elétrica, as geradoras fotovoltaicas têm disponibilizado parte importante do seu fornecimento para negociação no mercado livre. “Nos certames realizados em 2017 e 2018, mais de 90% da garantia física dos empreendimentos solares foi destinada ao Ambiente de Contratação Regulada. Já nos processos de junho e outubro de 2019, apenas 34% e 36,5% da garantia física das usinas, respectivamente, foi contratada no mercado regulado.”
Altieri avalia que isso pode indicar que a maior parte da garantia ficará disponível para o Ambiente de Livre de Contratação. “Embora, a critério de cada empreendedor, parte desse valor possa ficar descontratado, como forma de proteção contra os riscos de variações do mercado”, ressalta.
Ele também mencionou que o mercado livre de energia está em constante expansão. “Em janeiro deste ano, 182 consumidores migraram para o Ambiente de Livre de Contratação. De acordo com os últimos dados disponíveis, a CCEE tem ainda outros 767 processos de adesão de consumidores livres e especiais em andamento.”
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