De acordo com a consultoria, deverão ser totalizados 105 gigawatts (GW) de potência instalada no período, contra 125 GW registrado em 2019
De São Paulo
Diante dos impactos globais da pandemia de coronavírus, a consultoria IHS Markit prevê queda de 16% no mercado de energia solar fotovoltaica em 2020 em relação ao ano passado. De acordo com o estudo, deverão ser totalizados 105 gigawatts (GW) de potência instalada no período, contra 125 GW registrado em 2019. “O cenário mais provável considera que as restrições serão lentamente retiradas ao longo do segundo e terceiro trimestres de 2020. Prevemos que a atividade irá retornar ao mercado no segundo semestre, mas gradualmente, dependendo dos segmentos e países”, aponta o levantamento.
Porém, segundo a IHS Markit, a severidade do impacto da pandemia na economia global vai impedir uma recuperação rápida ainda esse ano. “Alguns mercados podem se beneficiar com a inclusão de fontes renováveis em pacotes de estímulos, mas o ambiente financeiro geral irá afetar pesadamente a demanda por todos os tipos de sistemas fotovoltaicos.” O estudo considera que as regiões mais prejudicadas serão a Europa, Índia e Ásia-Pacífico, excluindo a China.
Em contraste com o resto do mundo, a IHS Markit avalia que o mercado chinês deverá crescer acima das expectativas iniciais para 2020, chegando a 45 GW. “Nesse ambiente excepcional, é levado em conta que a rápida recuperação da demanda no segundo semestre será auxiliada pelo governo para proteger a indústria local. Neste cenário, a China irá mais uma vez responder por mais de 40% do total das instalações no mundo, como já havia ocorrido entre 2016 e 2018.”
O estudo avalia que, no médio prazo, o crescimento do setor será retomado em 2021 conforme a trajetória da última década. “Apesar dessa importante crise, acreditamos que os aspectos fundamentais para crescimento do mercado solar se manterão fortes, incluindo a continuação da redução de custos, a necessidade de maior resiliência e autonomia, geração de energia de baixo carbono, geração distribuída e escalabilidade.”
Commentaires