Tarifa subiu 4,9 pontos percentuais acima do IPCA de janeiro a agosto de 2021
O Grupo Safira aponta em estudo que o índice que registra a inflação da energia elétrica residencial cresceu, de janeiro a agosto de 2021, em média, 4,9 pontos percentuais (p.p.) acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nas principais capitais do país.
“Temos visto uma escalada gradual das tarifas de energia, bem acima da inflação, e a perspectiva é que os índices subam ainda mais até o final do ano, muito em função da crise hídrica e de seus desdobramentos”, diz Josué Faria de Arruda Ferreira, coordenador de novos negócios do Grupo Safira.
Durante o ano, a capital que mais registrou aumento perante a inflação oficial foi São Paulo, com 8,9 p.p. acima, seguida por Belém e Recife, que registraram 6,3 p.p. acima do IPCA.
Rio de Janeiro e Fortaleza apresentaram uma alta de 5,6 p.p. acima do IPCA; Salvador apresentou 4,2 p.p.; Porto Alegre, 3,2; e Curitiba, 3,1.
Porém, em Belo Horizonte, as tarifas continuaram dentro do reajuste do IPCA, com apenas 0,1 p.p. de aumento acima do índice.
A avaliação do Grupo Safira é que a elevação superior do custo com energia elétrica continue nos próximos meses em função do acionamento das bandeiras tarifárias, por causa da crise hídrica e contando o histórico de menores afluências nos últimos anos, e também por conta dos reajustes anuais das distribuidoras de energia de vários estados.
Os dados demonstram que, neste ano, a escalada de custos da tarifa de energia elétrica residencial começou após o mês de maio, que estava abaixo da inflação, apresentando índice de -3,7 p.p., valor que se reverteu e chegou a 4,6 p.p. em julho, subindo para 4,9 p.p., em média, acima do IPCA em agosto nas principais capitais do país.
Esses índices estão relacionados com o acionamento das bandeiras tarifárias. De janeiro a abril, a bandeira vigente permanecia amarela, em maio passou a ser vermelha patamar 1 e em junho, julho e agosto mudou para vermelha patamar 2.
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