Segundo o executivo, os chineses e a Enel, da Itália, já mergulharam, no entanto, de cabeça no mercado brasileiro
Investidores estrangeiros estão no aguardo de resoluções normativas e tributárias para realizar aportes no setor de geração solar no Brasil, afirma o diretor da divisão de energia do departamento de infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deinfra/Fiesp), Elizeu Lima. Os estrangeiros estão esperando definições normativas e segurança jurídica para investir. A exceção são os chineses e a Enel, da Itália, que já mergulharam de cabeça no mercado brasileiro”, disse durante um encontro de consumidores da Enel, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Lima entende que o avanço de novas fontes renováveis no Brasil ocorreu com atraso, mas deslanchou num ritmo forte. “É fabuloso. A energia solar cresce muito rapidamente e em dez anos estará cinco ou dez vezes maior que atualmente. Há pressão ambiental da sociedade para que essa mudança ocorra.”
Ele acredita que as discussões no Congresso e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que a geração distribuída ainda não está amadurecida em termos de normatização. “É necessário resolver impasses e clarear o ambiente para os investimentos.”
O diretor mencionou que o crescimento econômico do país torna necessário a expansão do parque gerador e que a fonte hídrica enfrenta limitações no longo prazo. “O Brasil precisa pensar em seu sistema elétrico, ou a sociedade vai pagar por isso nos próximos anos. O desenvolvimento vai ocorrer com capital privado, pois o governo não tem dinheiro para isso.”
Ele destacou dados do Plano Decenal de Expansão de Energia, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que prevê que a fonte solar irá crescer de 2% para 8% do total da matriz energética do país até 2029. “Vai haver um salto quando essas questões normativas forem esclarecidas. Já há um volume muito alto de empresas que fazem seus próprios parques consumidores.”
Comments