top of page

Investimentos públicos em projetos de geração embargados deveriam ser redirecionados para as fontes

grupomotaservicos

Segundo relatório da Fitch Solutions, reversão de projetos para outras matrizes garante maior retorno aos consumidores   

Por Ricardo Casarin

Governos do mundo deveriam redirecionar investimentos em projetos de geração de energia embargados para a fonte solar e outras renováveis, de forma a garantir maior retorno aos consumidores, aponta relatório da consultoria Fitch Solutions. O estudo destaca como empreendimentos nucleares, por exemplo, têm falhado em reverter os aportes recebidos em ganhos para a sociedade, especialmente em países como os Estados Unidos e o Reino Unido.

Esses investimentos públicos, que acumulam cerca de US$ 300 bilhões em todas as classes de geração, poderiam ser destinados às fontes mais competitivas e trazer um retorno maior aos contribuintes. A consultoria aponta que o setor solar fotovoltaico é quem apresenta o crescimento mais rápido, subindo de 26% dos projetos no ano passado, para 33% em 2029.

“Observamos que modelo atual do Reino Unido para investir na energia nuclear perdeu o contato com as necessidades da indústria e as novas estruturas de finanças necessárias conforme o mercado busca desenvolver mais ativos na próxima década. Dado o foco no valor do dinheiro da perspectiva de um consumidor e na redução continuada nos custos das fontes renováveis, nós destacamos o potencial para o governo alterar seus mecanismos de apoio a construção de novas capacidades em favor de setores como eólico e solar, particularmente no contexto da descarbonização”, diz o relatório.

A Fitch também aponta que a tendência de eliminar as usinas de carvão está acelerando em regiões como a Europa Ocidental, mas a perspectiva para a Ásia é de crescimento neste tipo de geração, com incremento total de capacidade de 1500 GW entre 2019 e 2029.

Porém, a consultoria avalia que as exigências de financiamentos para esse tipo de projeto estão cada vez mais desafiadoras, conforme bancos e instituições, especialmente no Japão e Coreia do Sul, se afastam de projetos ambientalmente nocivos, o que pode erodir o crescimento de longo prazo do carvão na Ásia.

Em seu banco de dados, a Fitch registra 363 projetos cancelados no mundo, totalizando por volta de 326 GW de capacidade não entregue. A Índia é o país que mais embargou obras, contabilizando 100 GW em 73 projetos, a maior parte térmicas de carvão e hidrelétricas, 35 e 20, respectivamente.

Ainda de acordo com a Fitch, os projetos na Índia enfrentam frequentes cancelamentos em razão de problemas fundiários, de permissões e licenciamento e com a concretização de contratos de compra. Dessa maneira, a consultoria prevê que o crescimento da geração no país será abaixo das metas do governo.


1 visualização0 comentário

Opmerkingen


Formulário de Inscrição

Obrigado pelo envio!

71997324495

©2020 por Grupo Mota Serviços e Soluções Elétrica. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page