Iniciativa deve reduzir em 47% os gastos com energia elétrica do Tribunal Regional Eleitoral do Estado
As primeiras três usinas fotovoltaicas que vão atender a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte (RN) foram inauguradas no dia 1 de agosto, pelo desembargador Glauber Rêgo, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN). As usinas foram instaladas no Centro de Operações da Justiça Eleitoral (Coje), em Natal (RN), como parte de um projeto iniciado em 2018 e que já apresenta os primeiros resultados. O objetivo é gerar energia limpa e economia para os cofres públicos.
A iniciativa deve reduzir 47% dos gastos com energia elétrica do TRE-RN, o que significa, aproximadamente, R$ 500 mil em economia para os cofres públicos por ano. O projeto teve custo estimado de R$ 2,6 milhões, com recursos viabilizados junto ao Tribunal Superior Eleitoral, por meio do Plano de Gestão 2018-2020 do TRE-RN, na gestão do desembargador Glauber Rêgo, estabelecido pela resolução nº 42/2018.
Segundo o desembargador, a promoção da sustentabilidade ambiental e economia que será gerada pelas usinas fotovoltaicas são um dos pilares do Plano Estratégico Institucional que baseou a iniciativa da Administração do tribunal.
A geração solar distribuída vem apresentando forte ritmo de crescimento no Brasil, atingindo cerca de 3 GW de capacidade instalada. Essa expansão é observada em todas as classes de consumo e tem ganhado espaço também em órgãos públicos, como por exemplo no próprio Ministério de Minas e Energia, na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Temos hoje mais de 900 projetos de geração solar implementados em órgãos públicos no Brasil. Acreditamos que a geração solar distribuída continuará crescendo em todas as classes: residencial, comercial, industrial e também no serviço público, refletindo as tendências mundiais para o setor elétrico, de maior descentralização e participação cada vez mais ativa dos consumidores, tanto na gestão da demanda como na produção da própria energia”, declarou ao Portal Solar o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Em Brasília, a sede da Justiça Eleitoral é precursora no Judiciário no uso de energia solar. O resultado impressiona. A usina minigeradora fotovoltaica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi inaugurada em 23 de novembro de 2017 e já proporcionou uma economia de R$ 1,6 milhão em energia elétrica para a Corte Eleitoral.
A estrutura da usina foi instalada no anexo do edifício central do tribunal e utiliza um sistema simples, com a captação da irradiação solar. Para gerar energia, a absorção é feita entre 8h30 e 16h30. Ao meio-dia, ocorre os picos com o sol posicionado em cima das placas fotovoltaicas que compõem o dispositivo.
Em dezembro do ano passado, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) inaugurou uma usina fotovoltaica. Foram instaladas 2.688 placas nos terraços dos três blocos do Tribunal. A expectativa é de uma economia de cerca de R$ 1 milhão por ano com a conta de luz e recuperar o valor gasto com o projeto em quatro anos.
Na ocasião, o então presidente do TST, ministro Brito Pereira, afirmou que a instalação da usina demonstrava a preocupação da Justiça do Trabalho com o meio ambiente e com os recursos naturais. “É a nossa contribuição para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, por um planeta mais saudável, pensando nas próximas gerações.”
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