Além da sustentabilidade pelo uso da fonte renovável, iniciativa pode gerar uma economia nas contas de energia elétrica de até R$ 25,5 milhões ao ano
O Ministério da Educação (MEC) anunciou recentemente a liberação de R$ 125 milhões em recursos extras para as 63 universidades federais brasileiras investirem em energia solar fotovoltaica e obras para garantir a eficiência do ensino na pesquisa e na extensão dos campi.
A implementação de painéis solares deve gerar uma economia nas contas de energia elétrica de até R$ 25,5 milhões ao ano para as universidades. A medida beneficiará mais de 2 milhões de estudantes do ensino superior público no Brasil, uma vez que o valor economizado será utilizado para mais incentivos aos estudos dos acadêmicos.
Segundo o MEC, a iniciativa visa ao aumento da autonomia financeira das instituições de ensino superior por meio do fomento à captação de recursos próprios e do empreendedorismo.
O valor de 65% (R$ 81,3 milhões) da verba poderá ser aplicado para aquisição de placas fotovoltaicas e 35% (R$ 43,7 milhões) para conclusão de obras que estão paradas ou em andamento.
Os critérios da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC para transferir o orçamento às instituições serão definidos de acordo com as universidades que estiverem melhor classificação em qualidade e desempenho e que sejam mais eficientes, ou seja, que tenham um menor custo por aluno.
O anúncio foi realizado em coletiva de imprensa na sede do MEC, em Brasília, no dia 29 de novembro, com a presença do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima, e o reitor da Universidade Federal Rural do Amazonas (UFRA), Marcel Botelho.
O MEC já havia anunciado, uma semana antes, a liberação de R$ 60 milhões para compra e instalação de usinas fotovoltaicas em 38 institutos federais, dois centros de educação tecnológica e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Com o sistema, a previsão é que sejam poupados R$ 17,7 milhões por ano em energia elétrica, por no mínimo 25 anos, tempo médio de vida útil da placa solar.
Ao todo serão 852 placas fotovoltaicas, que usam a radiação gerada pelo sol para produzir energia. Segundo o MEC, a geração de energia solar pela placa será em torno de 30,3 MWh ao ano, o equivalente a uma redução de R$ 20,8 mil nas contas de luz de cada instituição.
O MEC afirmou em nota que a quantia economizada será revertida para ensino, pesquisa e extensão dos campi. “Em 2018, essas instituições gastaram R$ 168 milhões com energia elétrica”, afirmou a nota. A conta de energia é um valor considerável nas universidades, mas com uma média economizada de R$ 17,7 milhões servirá para investimentos em outras áreas.
Com as novas usinas, a estimativa é que mais de 5 mil toneladas do gás poluente dióxido de carbono deixem de ser emitidas para a atmosfera. O MEC também reforça que as instituições da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica são responsáveis pela ampliação, interiorização e diversificação da educação profissional e tecnológica no país. Hoje, 11.766 cursos são ofertados em diferentes áreas, desde o nível básico até a pós-graduação, para quase um milhão de alunos.
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