Programa terá Comissão Especial para elaboração das diretrizes, seus benefícios fiscais, requisitos e demais ações para sua execução
Por Cristiane Pinheiro
A prefeitura de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, vai dar benefícios fiscais para moradores que tenham imóveis que possuam ou venham a instalar sistemas de energia solar fotovoltaica na capital, alternativa que é menos poluente para o meio ambiente e mais econômica para o bolso do contribuinte, por meio do Programa Campo Grande Solar.
O Programa Campo Grande Solar terá uma Comissão Especial responsável pela elaboração das diretrizes, seus benefícios fiscais, requisitos e demais ações para sua execução. A comissão é composta por representantes da Semadur, Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov), Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin) e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia (Sedesc), do Setor de Geração de Energia Solar Distribuída, do Setor de Produção de Energia e de Autarquia Pública Federal. A comissão terá a missão de apresentar à prefeitura as propostas de normatizações e demais ações necessárias ao desenvolvimento do Programa Campo Grande Solar.
Campo Grande já tem um histórico de empresas que instalaram placas fotovoltaicas para gerar a própria energia. O Complexo Maria Cecília Barbosa, da Sanesul, (concessionária é responsável pelo tratamento e abastecimento de água de cidades do interior de Mato Grosso do Sul), é uma delas. O uso de energia solar no setor de saneamento já é uma realidade no Brasil, seja na operação e no tratamento de esgoto, ou para o abastecimento de água. A fonte natural apresenta ótimos resultados, é econômica e ecologicamente correta.
A Sanesul está apenas começando a utilizar este modelo. Um projeto piloto já havia sido testado em Sidrolândia, no Centro de Reservação de Água 03 (CR-3). No Complexo Maria Cecília Barbosa, o projeto é mais robusto. De fato, são 159 placas instaladas, totalizando 58,035 kWp (quilo-watt-pico), capaz de atender o consumo local.
De acordo com Aldo Alvarenga do Amaral, engenheiro eletricista, que faz parte da equipe, o projeto faz parte do esforço realizado pela Diretoria Comercial e de Operações, em busca da máxima eficiência energética para a Sanesul. A equipe de gestão de energia, em parceria com o SENAI, desenvolveu todo o projeto, que servirá de modelo em outras unidades da Sanesul.
Segundo ele, a produção de energia deverá ultrapassar 82.000 kWh (quilo-watt-hora) por ano, o que equivale a uma economia na ordem de R$ 70 mil reais ao ano. “Ela deverá produzir 95% da energia utilizada pelo almoxarifado central e o prédio da Gerência Comercial”, comenta.
A Sanesul (Empresa de Saneamento do Estado de Mato Grosso do Sul) instalou também um sistema fotovoltaico no Centro de Reservação de Água 03 (CR-3), em Sidrolândia, visando suprir a necessidade de energia para o funcionamento do pequeno sistema que abastece a localidade e onde ainda não há rede de energia instalada. O projeto, ainda em fase de teste, partiu do Departamento de Meio Ambiente da Sanesul e está em funcionamento neste reservatório desde abril deste ano, já apresentando resultados positivos.
No Centro de Reservação CR-3, em Sidrolândia, todo o sistema de abastecimento de água é feito por meio de um poço tubular profundo com reservatórios apoiados e elevados de sobra em local de cota mais elevada.
Para esse projeto foram suficientes apenas dois painéis solares de 150 WP instalados, em sistema off-grid – fora da rede de distribuição, em cima do reservatório elevado de concreto armado que produzem 150 volts de energia elétrica.
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