Expectativa da empresa é de que todas as unidades habitacionais sejam lançadas com essa tecnologia
A MRV tem apostado em energia solar em empreendimentos populares. Desde 2017, a construtora inclui, em seus lançamentos imobiliários, painéis fotovoltaicos para a produção e energia. A expectativa da empresa é de que todas as unidades habitacionais sejam lançadas com a tecnologia.
O diretor de produção da MRV em Goiás, Raphael Paiva, explica que o uso de painéis para captação de energia fotovoltaica pode contribuir para a queda de até 85% da conta de energia elétrica do condomínio residencial, a exemplo do Gran Oásis, empreendimento lançado em outubro em Goiânia. “A pegada sustentável com o uso da fonte limpa e inesgotável também é uma das suas vantagens, além de gerar mais economia para o morador”, destaca Raphael.
Ele acrescenta que a tendência é a popularização da energia solar, que ganha cada vez mais adeptos. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Goiânia já está entre as dez cidades brasileiras com maior potência instalada com 9,6 megawatts, o que corresponde a 0,8% do valor entre todas as cidades brasileiras. O estado ainda conta com a vantagem de ter posição geográfica privilegiada e recebe cerca de 7 horas de insolação diária, uma das maiores taxas do País, conforme dados da Atlas Solarimétrico do Brasil.
Segundo a MRV, Goiás já conta com cinco empreendimentos da construtora adaptados para o uso da energia solar e já tem mais cinco residenciais em construção incluindo essa tecnologia, sendo três localizados em Anápolis e dois, em Valparaíso de Goiás.
A MRV já tem mais de 2.500 unidades habitacionais entregues com sistema de energia renovável pelo país, gerando mais de 1.700.000 KWh. A empresa destaca que essa produção resultou uma economia de aproximadamente R$ 980 mil, impactando mais de 8 mil pessoas. “O valor agregado do imóvel com energia solar aumenta e cria diferencial de mercado”, detalha Raphael.
Os painéis fotovoltaicos, responsáveis por captar a radiação do sol, são instalados nos telhados das torres e conectados a inversores que transmitem a energia solar para as áreas comuns dos condomínios. O excedente da energia gerada ainda é injetada na rede de distribuição local, o que gera descontos na conta de luz mensal. Caso mais energia seja produzida do que consumida, o crédito fica acumulado para os próximos meses. O sistema pode gerar cerca de 80% de energia consumida nas áreas comuns e em alguns apartamentos.
De acordo com dados da ABSOLAR, 77,4% da geração de energia solar no Brasil é residencial, seguido por estabelecimentos de comércio e serviço, que respondem por 16%. Consumidores rurais (3,2%), indústrias (2,4%), iluminação e serviço público (2,3%) e prédios públicos (0,8%) completam a lista dos produtores de energia solar no Brasil.
O Brasil é um dos países com maior potencial para geração fotovoltaica, mas ainda é uma matriz energética pouco explorada no País. A energia solar corresponde a apenas 1,3% da matriz elétrica brasileira, bem atrás da hídrica que corresponde a 60,9%. O País sequer fica entre os dez maiores investidores mundiais de energia fotovoltaica, atrás, inclusive, de países que possuem menor incidência solar, casos de Alemanha e Coreia do Sul.
Entre os principais benefícios do uso da energia fotovoltaica é o fato de a energia ser renovável e limpa, ou seja, utiliza recurso não esgotáveis (a radiação solar) e não libera resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa.
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