Os equipamentos foram anunciados durante um evento voltado ao setor fotovoltaico e serão produzidos pela JA Solar, Jinko e Longi
Xangai, localizada na China, foi palco de uma conferência patrocinada por três companhias especializadas no setor de energia fotovoltaica. Nesse evento, as empresas JA Solar, Jinko e Longi anunciaram que, em 2021, suas capacidades de produção de módulos de 182 mm deverão alcançar a marca dos 54 GW.
A conferência contou com a participação de Ji Zhenshuang, vice-diretor da China General Certification, que destacou certos pontos, como a segurança e a cadeia de fornecimento dos sistemas. Apesar da grandeza dos equipamentos ser responsável por uma maior potência, é importante voltar a atenção para essas questões. “Em particular, uma condição de restrição deve ser definida para manter a confiabilidade em termos de parâmetros elétricos”.
“Atualmente, os módulos atravessam um rápido período de transição, e uma serialização e padronização gradualmente ajustada contribuiria para o desenvolvimento da indústria solar”, acrescentou Zhenshuang.
Zou Chicheng, vice-presidente do laboratório de certificação TUV Rheinland, ressaltou pontos sobre o tamanho dos módulos. Para ele, esse aumento deve vir acompanhado da avaliação de alguns quesitos, como os desenhos dos circuitos e seus elementos, as embalagens e o deslocamento. De acordo com o ponto de vista da certificação, Chicheng também recomendou que as empresas procurem conciliar o tamanho com a segurança.
“Porém, tamanhos maiores não necessariamente se traduzem em melhor desempenho. Várias condições limites devem ser consideradas, incluindo fabricação, transporte, confiabilidade e instalação manual”, adicionou Li Shaotang, gerente sênior de produtos da Longi Solar. Segundo o gestor, a busca por uma produção mais eficiente por meio de módulos maiores ocorre desde 2018.
Shaotang também mencionou os benefícios dos módulos de 182mm, sobretudo em relação aos de 210 mm. “Os módulos de 182mm se enquadram de forma eficiente as especificações industriais e aos sistemas elétricos existentes. Adicionalmente, em termos de LCOE, esse padrão é superior ao de 210mm em função dos menores custos de sistemas, melhor capacidade de geração e confiabilidade”.
Conforme indicado por Yu Hanbo, gerente sênior de produtos globais da Jinko Solar, há uma relação de causa e efeito: quando a produção de energia conta com a redução das perdas internas, os gastos aplicados são menores. “Comparado aos módulos de 210mm, o padrão de 182mm pode reduzir perdas nas linhas em 0,21% e perdas internas em 2%”, afirmou Hanbo.
Além disso, a capacidade da produção em massa dos módulos de 182 mm alcançou mais de 21%. Esse dado foi revelado por Monsoon Wang, vice-presidente assistente sênior da JA Solar. “Em termos de transporte, comparado aos produtos de 158/166, cada contêiner pode ser carregado com um total de watts superior em 10% a 20%”.
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