Todos os prédios usarão a fonte solar e outros tipos de matrizes limpas de geração de eletricidade
O campus do Google, em San José, na Califórnia, deve ser totalmente com energias renováveis, e o projeto inclui o uso de energia solar em todos os prédios, ou seja, nas áreas residencial, espaços abertos, comércio e escritórios. Ainda não há a data de lançamento, mas a empresa espera obter todas as autorizações legais até 2021 para, então, iniciar as obras.
O Google espera construir ao menos 30 prédios e 4 mil casas para abrigar até 25 mil funcionários no novo campus. Como as autorizações locais ainda não saíram, a empresa está aproveitando o tempo para permitir que as pessoas façam comentários sobre o projeto. Caso sejam relevantes, as ideias serão adicionadas ao projeto final.
O campus ocupará uma área de 80 acres e terá área residencial, espaços abertos, comércio e os escritórios. A empresa espera que o local receba ONGs, lojas, restaurantes e eventos ao vivo, como festivais de música e sessões de cinema. A ideia é que o espaço seja sustentável, com uso de energia limpa e muitas áreas reservadas para a natureza. O objetivo é ter, pelo menos, 10 parques e trilhas para quem estiver no campus.
“Criamos o campus com a preocupação das mudanças climáticas em mente. Por isso, os prédios usarão energia solar e outros tipos de energia renováveis”, afirmou Alexa Arena, executiva responsável pelo projeto. A preocupação com as energias renováveis é tamanha que os arquitetos pensaram em uma solução que permite aos usuários acessar quase todo o complexo por meio de bicicletas, transporte público ou até mesmo a pé, para reduzir o uso de carros.
Esse movimento do Google pelo uso de energias renováveis não é de hoje. Ano passado a empresa anunciou a maior compra corporativa de energias renováveis da história: um pacote com contratos de 1.600 megawatts e 18 novos acordos na área de energia. Juntas, essas operações aumentam em quase 50% sua carteira global de fazendas de energia solar e eólica, atingindo mais de 5 mil megawatts, o equivalente à capacidade de um milhão de telhados solares.
Os novos contratos de energia renovável terão investimentos de US$ 2 bilhões para a implantação de milhões de painéis solares e centenas de turbinas eólicas espalhadas pela América do Sul, Norte e Europa. No total serão 52 projetos, que correspondem a US$ 7 bilhões em novas construções e levará à criação de milhares de empregos.
Assim que os projetos entrarem em operação, a carteira zero-carbono do Google irá produzir mais energia elétrica do que uma cidade como Washington, D.C. ou países inteiros, como Lituânia ou Uruguai, que consomem em um ano.
Nos EUA, o Google vai comprar 20 megawatts (MW) de energia de fazendas solares na Carolina do Norte (155 MW), Carolina do Sul (75 MW) e Texas (490 MW), dobrando a capacidade da carteira solar global que a empresa já tinha.
Em relação à América do Sul, houve um crescimento de mais de 125 MW de capacidade em energias renováveis à grade que alimenta o centro de dados no Chile, onde marcou a primeira vez em que o Google fez um acordo de energia híbrida, que combina fonte solares e eólicas.
Os períodos com mais vento são diferentes dos horários com maior incidência de sol, e por isso essa mistura vai permitir que o centro de dados chileno conte com eletricidade zero-carbono durante quase todo o dia. Além disso, ainda há uma fatia considerável na capacidade de fontes renováveis que será sediada na Europa.
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