Segundo o diretor-geral do órgão, a energia fotovoltaica é a fonte que mais cresce no País
Por Ricardo Casarin
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que a geração solar fotovoltaica nas grandes usinas no Brasil atinja cerca de 4,2 mil megawatts (MW) em 2024, quando responderá por 2,4% da matriz elétrica do País. Atualmente, a potência instalada é de 2,6 mil MW, o que representa 1,5% do total da matriz. “Devemos chegar ao final de 2020 com cerca de 3 mil MW de capacidade instalada no Brasil na geração centralizada”, disse o diretor-geral da ONS, Luiz Eduardo Barata.
Ele aponta que a energia solar é a fonte que mais cresce no País. “Tem os aspectos positivos, como o custo que vem caindo bastante, e o fato de ser uma fonte limpa. É uma energia que só está disponível durante o dia, mas, mesmo com essa característica, é pouco volátil e mais previsível que a eólica, por exemplo.”
Barata aponta que, por não ser uma fonte gerenciável, como a hídrica e a térmica, a energia solar aumenta a complexidade da operação do sistema. “A solar e a eólica não são controláveis plenamente e não se pode estabelecer quando elas irão gerar. Mas, por ainda ser uma participação pequena, a complexidade é suportável.”
O dirigente acredita que projetos de sistemas híbridos, que unem energia solar, eólica e armazenamento em baterias, possam ser implementados no País. “Ainda não temos, mas já experiências em outros lugares no mundo. Nossa expectativa é de que, em breve, possa ocorrer no Brasil.”
Barata destaca que, diante de um aumento de demanda de energia e das limitações para novos grandes projetos hidrelétricos, a fonte solar se mostra uma importante alternativa. “Se olharmos o Plano Decenal 2029, a maior inserção na matriz brasileira é a eólica e a solar. Se ocorrer um crescimento econômico e for necessário inserir energia no sistema, a solar é rapidamente implementável. Portanto, uma maior presença da fonte na matriz é positiva.”
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