EnerDinBo vai produzir eletricidade em grande escala no país e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento da região Oeste do Paraná
Por Cristiane Pinheiro
A EnerDinBo, proprietária da 1ª usina híbrida de biogás e energia fotovoltaica em grande escala do país, deve inaugurar brevemente a usina, mas antes mesmo dessa ação o empreendimento já está em operação. A cidade de Ouro Verde do Oeste passa, assim, a uma transformação ambiental, social e econômica.
O sistema híbrido foi pensado para aproveitar todo o potencial da usina. Segundo Thiago González, diretor técnico da EnerDinBo, essa ação garante uma perenidade muito maior porque durante o dia usa-se as placas solares para gerar energia elétrica, enquanto se armazena o biogás, que será utilizado a noite quando não tem sol. A usina fotovoltaica possui potência instalada de 500 quilowatts/hora.
Tanto a luz do sol quanto o biogás produzem energia que é injetada na rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia (Copel), e distribuída para usuários de todo estado que têm alto consumo energético. Todo o processo também será útil para a falta de tratamento adequado para os dejetos dos suínos. O Oeste do Paraná é conhecido por sua forte atuação na suinocultura.
Só os dejetos de suínos são capazes de gerar hoje 1 megawatt/hora, o que é suficiente para abastecer cerca de 2.500 residências. A intenção é ampliar a produção para 2,5 megawatt/hora, para alcançar até 6 mil residências.
De acordo com a Assuinoeste, Associação Regional de Suinocultores do Oeste, existem mais de 16 mil propriedades rurais voltadas para essa atividade na região. Isso traz crescimento econômico, mas também gera preocupações, afinal, os dejetos dos animais podem ser contaminantes se não forem tratados adequadamente.
O produto final é a possibilidade de ligar as luzes e aparelhos em casa ou no comércio sem precisar desembolsar valores exorbitantes no fim do mês e ainda consumindo uma energia limpa! Mas as vantagens que esse processo envolve vão além: mexem com a qualidade de vida da população e com o crescimento regional.
“Esses dejetos quando não tratados vão para o solo e chegam ao lençol freático poluindo a água. Além disso, com esse processo correto, a gente elimina vetores, moscas, qualquer bicho que possa estar vinculado aos dejetos, além de possíveis patógenos. Fora a diminuição do odor forte, motivo de reclamação constante. Por darmos condição de tratamento desses dejetos, também possibilitamos que os suinocultores ampliem a área destinada à atividade, gerando maior renda e desenvolvimento para a região”, finaliza González, informando que o sistema já tem hoje 40 suinocultores cadastrados e que a equipe trabalha para ampliar o raio de atuação da usina.
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