Município já abriga uma das
maiores usina de geração distribuída do Sul do País
A possibilidade de construção de mais uma usina de energia solar em Paranavaí, no Paraná, foi discutida por representantes da Justiça Federal do estado, no dia 5 de dezembro. Na ocasião, os membros do órgão judicial reuniram-se pela segunda vez, juntamente ao prefeito da cidade, Carlos Henrique Rossato, para definir o modelo do projeto, que será balizado no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Referência em energia solar, o TRE-PR em Paranavaí abriga a maior usina do Sul do país, com 6.200 placas solares, produzindo 263 mil quilowatts/mês, o suficiente para abastecer os 154 fóruns eleitorais do Estado e a sede do Tribunal, em Curitiba.
Antes da instalação da usina, o TRE gastava aproximadamente R$ 4 milhões por ano com energia e, hoje, o órgão se tornou autossuficiente. Além disso, o retorno do investimento de R$ 10 milhões para a construção da usina se pagará em até cinco ano, sem contar que a durabilidade do sistema é de 25 anos.
A reunião para a discussão do projeto contou coma a presença do Juiz Federal e Diretor do Fórum Seção Judiciária Federal do Paraná, Dr. Rodrigo Kravetz, o Juiz Federal e Diretor da Subseção Judiciária de Paranavaí, Adriano José Pinheiro, e demais representantes da Justiça Federal.
O número de novas instalações de geradores fotovoltaicos no Paraná saltou de 2.675 no ano de 2018 para 7.729 até outubro de 2019, segundo dados da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Isso quer dizer que 65,7% dos sistemas fotovoltaicos ligados à rede de distribuição de energia do estado foram instalados apenas entre janeiro e outubro deste ano. Com essas novas instalações, o número de unidades consumidoras no estado é de aproximadamente 11 mil.
A redução no custo dos sistemas explica parte desse boom no estado. “Nos últimos cinco anos, o custo de instalação de um sistema fotovoltaico caiu pela metade e a tendência é cair ainda mais”, explica Julio Omori, superintendente de projetos especiais da Copel.
Para se ter uma ideia, hoje, um projeto de 4 kilowatt pico, suficiente para suprir a energia de uma casa com quatro pessoas, num período de aproximadamente 25 anos, custa em média R$ 20 mil. A energia gerada que é consumida pela unidade significa desconto na conta de luz.
No caso de um sistema gerar energia suficiente para compensar todo o consumo e ainda “devolver” para a rede, o cliente recebe um bônus que pode ser utilizado em contas futuras ou até mesmo em outra unidade consumidora de mesmo proprietário a alimentado pela mesma distribuidora. “Não existe venda de energia em dinheiro; a legislação preconiza a compensação”, explica o superintendente da Copel. No Paraná, todas as instalações de energia solar fotovoltaica passam pela anuência da Copel.
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