Estimativa é que sejam economizados quase R$ 9,5 milhões no primeiro ano de operação, com incentivo e financiamento do Governo do Estado e o do GBC Brasil (Green Building Council Brasil)
As escolas municipais no Paraná receberão incentivos e financiamento para adotarem sistema de energia solar fotovoltaica como parte do projeto de eficiência energética. A parceria entre Governo do Estado e o GBC Brasil (Green Building Council Brasil) prevê, numa primeira fase, que 180 escolas dos municípios paranaenses sejam incluídas no projeto de eficiência energética.
As cidades escolhidas para a primeira fase são: São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranavaí, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, que receberão melhorias em eficiência energética. O projeto foi um dos destaques do Greenbuilding Brasil 2019, conferência internacional realizada pelo GBC Brasil no dia 25 de novembro, em São Paulo.
Segundo o GBC Brasil, com a implantação dos painéis fotovoltaicos que terão potência de 9 MW, a estimativa é que sejam economizados quase R$ 9,5 milhões, no primeiro ano de operação, incluindo as reduções obtidas por meio das medidas de eficiência energética nas escolas públicas do estado do Paraná. A iniciativa beneficiará mais de 77 mil alunos da rede pública paranaense.
“Quando a operação estiver em pleno funcionamento em todas as 180 escolas, o Brasil será uma das principais lideranças desse movimento de edificações autossuficientes em energia. Assim, o Estado do Paraná ficará atrás apenas do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que soma mais de 300 escolas com o mesmo perfil de projeto”, informa Guido Petinelli, CEO da Petinelli, empresa responsável pelo estudo de viabilidade do projeto.
O Governo do Paraná pretende expandir o projeto para até 3,2 mil escolas em 399 municípios do estado, nos próximos quatro anos. O auxílio financeiro e técnico aos municípios será promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano, por meio do Serviço Social Autônomo Paranacidade, e a Fomento Paraná, agência estadual de financiamento.
“A primeira etapa é a redução do consumo de energia. Depois disso, as escolas vão gerar sua própria energia solar”, pontua o superintendente executivo do Paranacidade, Álvaro José Cabrini Júnior. A expectativa é que as primeiras escolas já tenham as intervenções concluídas até o meio do próximo ano.
O governo paranaense informou que, na primeira etapa, as prefeituras contarão com R$ 30 milhões do Sistema de Financiamento dos Municípios (SFM), provenientes da Fomento Paraná, e deverão entrar também com contrapartida. Foram considerados para a escolha dos primeiros seis municípios, a capacidade de endividamento e a localização geográfica, de modo a contemplar as mais variadas regiões do Paraná.
“Vamos acompanhar a execução do projeto pelos municípios em todas as etapas, promovendo auxílio técnico, financeiro e operacional. Ao mesmo tempo, a distribuidora Copel fará a avaliação de consumo e geração de energia. O objetivo é atingir 70% das escolas municipais no Paraná, até 2022”, explica o superintendente.
Ele acrescenta que, apesar da meta ser ousada, com “vontade política”, é possível. “É muito gratificante fazer parte da maior iniciativa nesse sentido não só no Brasil, como no mundo. Vamos atingir um número dez vezes maior de escolas autossuficientes em energia do que os Estados Unidos e em menor período”, finaliza.
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