Segundo entidades do setor de renováveis dos EUA, medida também reduz custos para consumidores
De São Paulo
A Comissão Federal Reguladora de Energia dos Estados Unidos (FERC) autorizou que sistemas de geração distribuída (GD), como pequenas instalações fotovoltaicas em telhados, veículos elétricos e sistemas de armazenamento por bateria, abasteçam o mercado atacadista de energia elétrica do país. Defensores da medida afirmam que a nova regra melhorará a confiabilidade da rede e reduzirá custos para consumidores. O órgão do governo dos EUA declarou que a iniciativa permitirá estabelecer diretrizes para a rede elétrica do futuro e derrubar barreiras para a entrada de novas tecnologias.
O regramento permite que sistemas de GD participem dos mercados de energia e serviços ancilares ao lado das fontes mais tradicionais. O comissário da FERC, Neil Chatterjee, citou projeções de que até 65 GW de capacidade de GD podem ser adicionadas a rede nos próximos quatro anos. “Ao apostar nos princípios de mercado e no poder da inovação, essa ação permitirá a construção de uma rede mais dinâmica e inteligente que podem ajudar o país a acompanhar as constantes evoluções da demanda de energia.”
Diversas fontes de GD poderão ser agregadas para satisfazer o tamanho mínimo e exigências de performance que os sistemas individualmente não são capazes de responder. Operadores de rede regionais dos EUA agora devem revisar suas tarifas para estabelecer os sistemas de GD como uma categoria participante do mercado. Cada tarifa deve definir requisitos de tamanho para as fontes agregadas que não excedam 100 kW.
Entidades representantes do setor de energia renovável comemoraram a decisão. A vice-presidente de regulação da Associação da Indústria de Energia Solar dos EUA (SEIA), Katherine Gensler, declarou ser positivo a FERC reconhecer o importante papel dos sistemas de GD na entrega de energia limpa de forma confiável para a população. “Consumidores estão escolhendo a energia solar e sistemas de armazenamento entre uma variedade de fontes em razão da competitividade dos custos.”
“Essa regra abraça a tendência de aumentar o uso de fontes distribuídas e fornecer um direcionamento aos operadores em como aproveitar a energia e os serviços ancilares que eles possibilitam. A competição no mercado de eletricidade é uma parte vital da transição energética. Essa regra criará empregos, impulsionar economias locais e permitir que a indústria solar forneça 20% da geração elétrica dos EUA até 2030”, assinalou Gensler.
A CEO da Associação de Armazenamento de Energia, Kelly Speakes-Backman avaliou que a nova norma representa um avanço para o setor. “Permitir que essas fontes flexíveis participem em conjunto com usinas virtuais no mercado atacadista é uma vitória para a evolução da confiabilidade da rede, reduzindo custos para os consumidores.”
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