Grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um estudo sobre o cooperativismo de geração solar distribuída
Um grupo de pesquisadores brasileiros foi premiado na 36ª Conferência Europeia de Energia Fotovoltaica (EU PVSEC), realizada de 9 a 13 de setembro, na França, pelo desenvolvimento de um estudo sobre o cooperativismo de solar distribuída.
A pesquisa foi desenvolvida pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Morato, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além da participação da German Cooperative and Raiffeinsen Confederation (DGRV) e Deutsche Gesellschaft Für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).
Um dos pontos destacados pela pesquisadora Kathlen Schneider, do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC, foi a atualização feita na Resolução Normativa (REN) 482/2012 da Aneel com a publicação da REN 687/201, que universalizou o acesso a essa modalidade de geração para unidades consumidoras que tivessem alguma restrição. Essa mudança possibilitou que cooperativas gerassem energia em local centralizado, injetando na rede e compensando nas unidades consumidoras dos cooperados.
Segundo o analista da OCB, Marco Morato, um dos desafios regulatórios é “o correto pagamento do uso do FIO (Uso do Sistema de Distribuição)”, o CUSD. “Já o desafio do modelo de negócio é a divulgação”, afirmou.
Hoje, o Brasil conta com dez cooperativas registradas na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a produção de energia a partir de fontes sustentáveis. Seis delas usam o modelo fotovoltaico de geração, três usam modelo hidrelétrico e uma obtém a energia por meio da biomassa.
Durante o evento de premiação, também foi apresentado um simulador solar via web – ferramenta desenvolvido pela OCB em parceria com o Fotovoltaica/UFSC, o Instituto Ideal de SC, a DGRV e a GIZ. Acessível no portal americadosol.org, o simulador foi criado para viabilizar o acesso à informação de modo a embasar a tomada de decisões.
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