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Petrolíferas correm para cumprir adaptação à economia verde

  • grupomotaservicos
  • 7 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Enquanto algumas têm direcionado seus investimentos para a produção de fontes renováveis, outras apostam em tecnologias que minimizem efeitos ambientais

As gigantes petrolíferas mundiais estão reunindo esforços para se adequarem a uma economia de baixa emissão de carbono e fazer frente às mudanças climáticas. Nesse caminho estão adotando diferentes estratégias. Enquanto algumas têm direcionado seus investimentos para a produção de fontes renováveis, apostam no desenvolvimento de tecnologias que minimizem os efeitos colaterais do petróleo e de seus derivados no meio ambiente.

O prazo paras as petrolíferas se adequarem a uma agenda de redução de emissão de gás carbônico é longa. No entanto, segundo estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás Natural (Ineep), o gasto na geração de energia por fontes de renováveis é baixo – menos de 5% do orçamento das empresas em 2019.

Para atingir suas metas, essas companhias estão de olho no Brasil, com grande potencial para a geração de fontes renováveis, sobretudo a fonte solar. Em 2017, a britânica BP, por exemplo, comprou 43% do capital da Lightsource, líder em indústria solar na Europa e no Brasil, a multinacional possui 2 gigawatts (GW) de painéis solares, além de ser sócia da BP Bunge Bioenergia, vice-líder do setor sucroenergético no País.

No mesmo caminho, a norueguesa Equinor assumiu cerca de 10% do capital acionário da Scatec Solar ASA, em 2018. No Brasil, por meio da Statec Solar ASA, a empresa desenvolve o complexo de energia solar Apodi, no Ceará. “Até 2035, vamos aumentar nossa capacidade instalada de energia renovável em 30 vezes em relação a hoje”, disse a assessoria de imprensa da empresa.

Já a Petrobrás tem apenas uma usina de energia solar, em Campos dos Goytacazes (RJ). Sua estratégia foi se alinhar a companhias norte-americanas, preferindo focar em projetos de redução de emissão de carbono. Ou seja, a empresa adota contrapartidas limpas para cada tonelada de gases de efeito estufa emitida por combustíveis fósseis.

A presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Clarissa Lins, avalia que o Brasil tem grande potencial para atrair projetos de compensação de emissões, com soluções baseadas em recursos naturais. 

A anglo-holandesa Shell também é adepta a esse modelo apostando em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas. Para Monique Gonçalves, gerente de estratégia e planejamento da Shell, o objetivo da empresa é muito claro. “Ter esse crédito de carbono em mãos nesse mundo que vai passar para uma fase pós-Acordo de Paris e se tornar operacional”, disse.

Conforme avalia o coordenador técnico do Ineep, William Nozaki, existem diversos padrões de estratégias nacionais e empresariais nessa agenda. “Como os fundos de investimento verde e bancos têm aumentado o apetite por ativos de fontes renováveis, o que tem movido as companhias petrolíferas são, acima de tudo, as dimensões financeira e tecnológica do novo cenário, mais do que as preocupações estritamente ambientais.”


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