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Plano da China de neutralizar emissões até 2060 deve implicar em aumento de investimentos em fontes

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Segundo estudo da consultoria Woood Mackenzie, solar e eólica terão ainda mais aportes em novos projetos

Por Ricardo Casarin

O plano da China de neutralizar emissões até 2060 deve implicar em aumento de investimentos em fontes renováveis, como a solar e a eólica, mobilidade elétrica e tecnologias de armazenamento de energia, avalia a consultoria Wood Mackenzie. País anunciou a ambição durante discurso do presidente Xi Jinping na 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

“Com esse anúncio, o maior emissor de carbono do mundo finalmente altera sua posição de responsabilidade limitada na redução de emissões globais para assumir uma clara liderança no combate às mudanças climáticas”, avaliou o diretor de pesquisas da Wood Mackenzie, Alex Whitworth. “O presidente Xi também declarou que a China atingirá o ápice de emissões antes de 2030. Com o maior mercado de energia do mundo, o país atualmente responde por 20% das emissões globais.”

“Ao exigir reformas urgentes nos sistemas globais de governança em direção ao uma rota mais verde e sustentável, o chefe de estado chinês convocou todos os países a parar de perseguir apenas o desenvolvimento em detrimento a proteção ambiental. Obviamente, a China precisa começar isso em casa, mas o sinal que o país intenciona assumir uma liderança maior na agenda foi claro”, destacou Whitworth.

O vice-presidente para Ásia-Pacífico da Wood Mackenzie, Gavin Thompson, ressaltou que ainda é necessário entender qual a definição da China para a neutralidade de carbono e qual serão as medidas que o país adotará para cumprir a meta. “Nenhum planejamento ou medidas concretas e imediatas foram divulgadas ainda. Mas o 14º Plano Quinquenal (2021-2025) tem potencial para ser o mais importante documento na história do mercado global de energia.”

“Aumento de investimentos em energia solar, eólica, veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia quase certamente serão incluídos, e podemos esperar incentivos a tecnologias de hidrogênio verde e captura de carbono. Não deverá ser um planejamento completo e eu acredito que o carvão limpo continuará recebendo forte apoio”, observa Thompson.

“Mas se algum país é capaz de atingir tais ambições, esse país é a China. Forte apoio e coordenação estatal se provaram extremamente eficiente para atingir metas econômicas. Se isso for direcionado ao combate a mudança climática, os chineses poderão transformar sua trajetória de emissões nas próximas quatro décadas da mesma forma que transformaram sua economia nos últimos quarenta anos.”

O diretor de mercado e transição para Ásia-Pacífico da Wood Mackenzie, Prakash Sharma, apontou que atualmente a China emite cerca de 10 bilhões de toneladas de carbono e precisará fazer esforços importantes para neutralizar isso sem afetar o desenvolvimento econômico. “Conforme cenário elaborado pela Wood Mackenzie, as emissões chinesas cairiam quase 60% até 2040 a partir de 2019, utilizando eletrificação, fontes renováveis, hidrogênio verde e tecnologias de captura de carbono.”

“Estimamos que a China precisará instalar uma capacidade de captura e armazenamento de um bilhão de toneladas de carbono nos setores industrial e de energia. Esses esforços precisam começar quanto antes e numa escala maior para atingir a meta de neutralidade até 2060”, considerou Sharma. “O impacto nos mercados globais de energia e commodities e no comércio marítimo é significante nesse cenário. A estratégia de grandes exportadores de commodities terá que ser redesenhada para se alinhar ás ambições da China.”


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