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Plano Nacional de Energia indica crescimento da fonte solar na geração centralizada

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Previsão é atingir até 90GW nos próximos 30 anos

O Plano Nacional de Energia 2050, colocado em consulta pública no dia 13 de julho pelo Ministério de Minas e Energia (MME), aponta um crescimento da energia solar nos próximos 30 anos. O documento indica que a tecnologia deve atingir entre 27 GW até 90 GW em geração centralizada, em termos de capacidade instalada, e entre 8 a 26 GW médios em termos de energia em 2050. No momento, as usinas solares de grande porte somam 2,94 GW e representam 1,68% da matriz elétrica.

Diante deste cenário, o Plano prevê ainda a participação da fonte na matriz elétrica. a atingindo em torno de 5% a 16% da capacidade instalada total ou de 4% a 12% em termos de energia total em 2050, sem contar a parcela de geração distribuída fotovoltaica.

Já quando se faz a comparação da expansão do setor solar fotovoltaico com  as usinas hidrelétricas, observam-se restrições à expansão das UHEs, fazendo com que a solar preencha a possível limitação no crescimento dessas, em termos de capacidade instalada.

A capacidade instalada total de solar centralizada em 2050 pode ser superior a 100 GW em outros cenários analisados, como por exemplo: em substituição à expansão da eólica (no caso analisado, alguma eventual restrição que impeça sua capacidade instalada total ultrapassar 50 GW em 2050) ou quando a expansão da transmissão estiver limitada (no caso extremo analisado, aos leilões até 2019). 

Nos dois casos citados, a capacidade instalada referente aos projetos fotovoltaicos na geração centralizada atinge em torno de 95 GW e 190 GW, respectivamente. Esses valores correspondem a uma participação entre 18% e 30% da capacidade instalada total do sistema em 2050.

O documento apresenta ainda o potencial da energia solar no Brasil. Para calcular esse potencial, foram consideradas apenas as áreas já antropizadas, ou seja, não foram incluídas áreas com vegetação nativa. Considerando apenas as melhores áreas disponíveis, com radiação superior a 6 kWh/m²/dia, seria possível a instalação de 307 GWp.

Quanto à geração distribuída, cuja capacidade instalada atual é 3,33 GW (dos quais 3,15 são de solar), o Plano projeta que, no final do horizonte, a modalidade atingirá entre 28 GW e 50 GW, o que representaria um valor de 4% a 6% da carga total. A análise leva em consideração a revisão do mecanismo de compensação para a GD no início da década de 2020, com aplicação de tarifa binômia para novos micro e minigeradores, bem como determinantes econômicos (como o crescimento da renda das famílias e a perspectiva de queda dos custos das tecnologias).

Acredita-se que a solar fotovoltaica deve continuar liderando o segmento, representando pouco mais de 85% da capacidade instalada no fim do horizonte, por conta da sua modularidade, custo decrescente e difusão da tecnologia entre a sociedade. Porém, principalmente através do modelo de autoconsumo remoto e geração compartilhada, o documento indica grande potencial para a geração eólica, termelétrica à biomassa e hidrelétrica.

Para a adequada cobrança pelo uso da rede dos micro e minigeradores, o documento recomenda o estabelecimento da transição de modelo de compensação integral para modelo com correta sinalização dos custos associados à expansão da GD.



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