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Polêmica com Ex-Tarifário é causada pela maneira que o processo é conduzido, avalia diretor comercia

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Para o executivo Sérgio de Carvalho, especificações técnicas e limites de valor unitário dos itens contemplados ficaram defasados na resolução

Por Ricardo Casarin

A recente decisão do governo federal de isentar impostos de importação sobre uma série de equipamentos fotovoltaicos gerou polêmica pela forma que o processo foi conduzido, avalia o diretor comercial da GoodWe, Sérgio de Carvalho. Além do impacto causado pelo grande número de equipamentos incluídos no texto, ele destacou que especificações técnicas e limites de valor unitário dos itens contemplados ficaram defasadas na resolução.

“O Ex-Tarifário faz sentindo quando não há similar nacional. O que gera discussão é a forma que isso está sendo operado”, declarou o executivo, durante painel no Brazil Virtual Energy Summit. “Essa publicação gerou polêmica porque houve uma série de itens incluídos ao mesmo tempo, acredito que as solicitações estavam represadas. Chamou à atenção ter soltado tudo de uma vez.”

“Quem sofreu foi quem deveria ser beneficiado. Foram incluídos módulos de tecnologia mais antiga, seria interessante ter modelos mais novos. Também foi um desastre o valor limite colocado em real. Com o câmbio atual, a conta simplesmente não fecha”, apontou Carvalho.

No final de julho, a Câmara do Comércio Exterior (Camex), publicou uma decisão de reduzir o valor das alíquotas de imposto de importação para equipamentos fotovoltaicos. Ao todo, foram incluídos mais de 100 Ex-Tarifários relacionados a módulos solares, inversores, trackers e motobombas. A medida entrou em vigor em1° de agosto e será válida até o final de 2021. No dia 27 de agosto, uma nova publicação estendeu o benefício a mais uma dezena de equipamentos.

“Eu sou a favor do Ex-Tarifário para suprir o mercado nacional. É importante lembrar que ele não é eterno, é válido por um período definido”, assinalou Carvalho. “Quando o governo achar melhor retirar, a medida deixa de existir. O lado negativo é a burocracia que dificulta o processo, pode levar meses ou até um ano, não dá para a indústria planejar”, destacou o executivo.

Em relação ao impacto da pandemia de COVID-19 no setor solar do país, Carvalho definiu como violento, mas com uma recuperação relativamente rápida. “Causou uma queda brutal a partir de abril. Maio também foi ruim, mas com sinais de estabilização. A partir de junho, começou a retomar. A GoodWe não teve problemas com nenhum cliente, tivemos apenas que renegociar embarques e nos adaptar.”

“A expectativa para 2020 era espetacular, mas a pandemia deu uma freada. Mesmo assim, acredito que iremos fechar o ano no mínimo igual a 2019. O último trimestre é sempre mais aquecido. A perspectiva é de retomada do crescimento, não na mesma velocidade da queda, mas gradualmente, terminando bem o ano”, avaliou o executivo.

“A percepção da indústria em geral é muito positiva. Acreditamos que o mercado tem muito a crescer, não só em 2021, mas por vários anos. Quando a GoodWe definiu que viria para o Brasil, não foi para ir embora na primeira crise. A matriz acredita no país”, acrescentou.


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